O Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD), da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e mergulhadores do Corpo de Bombeiros realizaram na manhã desta terça-feira (2), buscas ao corpo de Giuley Menezes de Andrade, 37 anos, desaparecido desde o dia 14 de dezembro do ano passado, após ser raptado por integrantes do Comando Vermelho, no Residencial Júlio Domingos de Campos, que pertence ao ‘Minha Casa, Minha Vida’, em Várzea Grande.

As buscas foram realizadas na lagoa que fica aos fundos do Residencial Júlio Domingos de Campos, pois as investigações apontaram que o corpo estaria amarrado no fundo d’agua. "Esse trabalho faz parte da investigação que apontou a suspeita de o corpo ter sido desovado na lagoa. Infelizmente nada foi encontrado, mas as investigações continuam para esclarecer todos os fatos", comentou o investigador responsável pelo caso.
 
Giuley desapareceu após uma festa, em que foi acusado por uma mulher de tê-la estuprado, o que foi refutado pela própria vítima e outras pessoas. Mesmo assim, membros do Comando Vermelho invadiram sua casa e o raptaram, sendo que desde então ele não foi mais visto. Para a mãe do homem, o desfecho não será positivo.
 
“Provavelmente, meu filho está morto. Ele jamais ia ficar sem me dar notícia. Estamos tentando ver se alguém pode me indicar onde está o corpo do meu filho para eu dar um enterro digno para ele. Morto a gente sabe que ele está. Muita gente diz ter visto o vídeo dele sendo morto pelo Comando Vermelho”, explicou a mulher, que preferiu não se identificar.
 
Segundo ela, a crueldade que fizeram com o seu filho foi muito grande. “Quero encontrar, tirar o peso do peito, saber o que fizeram com ele. Quero um desfecho para esta situação”.

O homem deixou um filho de pouco mais de dois anos, que é criado pela avó. Após o sumiço, ela decidiu deixar a cidade. Giuley tinha passagens por roubo e usava tornozeleira eletrônica, que foi retirada pelos membros do Comando Vermelho (CV) antes de eles o raptarem.