A manhã deste domingo (14) foi marcada pelo último adeus dado a Sílvio Fávero, por amigos e familiares, por meio de um cortejo em Lucas do Rio Verde (a 332 km de Cuiabá). Ele foi enterrado por volta das 9h no Cemitério Jardim da Paz.
O velório do parlamentar não foi possível levando em consideração as medidas de controle da proliferação do novo coronavírus. Conforme assessoria, foi organizado um cortejo, que seguiu de Cuiabá para Lucas, a partir das 4h da manhã deste domingo.
O governador Mauro Mendes (DEM), que decretou luto oficial de três dias, acompanhou o cortejo. Também estiveram presentes o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi, Wilson Santos.
Fávero faleceu em um hospital de Cuiabá. Ele estava internado em um leito de UTI lutando contra a Covid-19. Esta foi a segunda infecção do parlamentar e, desta vez, foi acometido pela variante mais aguda do vírus. O quadro de saúde se agravou nesta madrugada, chegando neste sábado ao quadro de infecção generalizada. Sílvio também havia descoberto um câncer no estômago e já estava em tratamento.
Por meio de nota, a família do deputado estadual Silvio Fávero agradeceu por todas as orações. “Silvio Fávero, que deixa um grande legado de trabalho, alegria e amor pela vida por onde passou. Silvio Fávero deixa muitos amigos, muitos serviços prestados por Mato Grosso, sua mãe Angélica, esposa Katia e três filhos: Gabriel, Gustavo e João Ricardo”, diz trecho do texto.
Natural de Umuarama (PR), Silvio foi um dos primeiros advogados de Lucas do Rio Verde. No município foi, por oito anos, procurador da Câmara de Vereadores e, posteriormente foi procurador municipal e secretário de Administração na gestão Otaviano Pivetta. Com base eleitoral formada, chegou a ser eleito vice-prefeito nas eleições de 2016. No entanto, rompeu com o ex-prefeito Luiz Binotti (PSD) logo no início da gestão.
Em 2018, conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa após receber 12.509 votos. No Legislativo, além da defesa de Bolsonaro, se destacou pelas ações focadas na Segurança Pública. Uma de suas bandeiras foi a isenção do ICMS a agentes da segurança pública na compra de armas de fogo. Além disso, foi autor da lei que autorizou a militarização das escolas públicas estaduais.
Durante a pandemia, seguiu os passos de Bolsonaro e orientou, até mesmo em discursos dentro do plenário da Casa, o tratamento precoce contra a Covid-19, com uso de medicamentos como azitromicina e ivermectina.