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Ex-bicheiro é condenado a pagar R$ 300 mil por danos morais e pensão a filho de empresário que ele mandou matar em MT

João Arcanjo Ribeiro terá que pagar pensão e indenização ao filho de Sávio Brandão até que o jovem que hoje tem 19 anos complete 25 anos.

Data: Quarta-feira, 17/03/2021 10:19
Fonte: G1 MT

A Justiça condenou o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro a pagar pensão de R$ 22 mil ao filho do empresário Sávio Brandão, dono do jornal Folha do Estado, que foi morto a mando dele em 2002, além de R$ 300 mil de indenização, a título de danos morais em razão do filho não ter conhecido o pai. O G1 tenta localizar a defesa de João Arcanjo Ribeiro.

Ainda segundo a decisão da 6ª Vara Cível do Tribunal de Justiça (TJMT), a pensão deve ser paga até que o filho do empresário que hoje tem 19 anos, complete 25 anos.

A sentença é resultado de uma ação movida, a princípio pela mãe do jovem, que representava o filho à época menor de idade.

Ela casou-se com o empresário Sávio Brandão em setembro de 2001.

O filho do casal nasceu em fevereiro de 2002 e quando ele estava com sete meses de vida, o pai morto, em frente à sede do jornal Folha do Estado.

Arcanjo foi preso em 2003 acusado de mandar matar o empresário.

Em outubro de 2013, João Arcanjo, que já estava preso, foi julgado e condenado a 19 anos de prisão, como mandante da morte do empresário.

 

A morte de Sávio Brandão

Sávio Brandão foi assassinado a tiros no dia 30 de setembro de 2002, em frente à sede do jornal Folha do Estado, no Bairro Consil, em Cuiabá. Dois homens em uma moto se aproximaram dele, que estava acompanhado de um amigo.

O homem que estava na garupa sacou uma pistola e disparou os tiros à queima roupa. A polícia aponta que a execução do empresário ocorreu devido às reportagens veiculadas no jornal de Sávio sobre negócios fraudulentos, irregularidades e jogatina ilegal que envolvia o então bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

 

Prisão de Arcanjo

 

Então principal suspeito do crime, João Arcanjo Ribeiro foi preso em 2003 em Montevidéu, no Uruguai, depois que foi deflagrada em Mato Grosso a operação Arca de Noé, para desarticular o crime organizado no estado. Ele foi extraditado para o Brasil por determinação do juiz Julier Sebastião da Silva, em 2006, e atualmente está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.