A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nessa quarta-feira (17), a convocação do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, para debater a pandemia de Covid-19 e o andamento da vacinação em Mato Grosso.
O requerimento foi apresentado pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT), e o secretário deve prestar os esclarecimentos ainda no mês de março, em data que será definida pela Mesa Diretora.
Segundo Lúdio, o ‘sistema de saúde em Mato Grosso está em colapso há 20 dias, e há fila de espera por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva)’.
Ele lembrou que o número de óbitos aumentou 125% em março, passando de uma média móvel de 24 óbitos por dia em janeiro e fevereiro, para 55 óbitos por dia até terça-feira (16).
Lúdio, que é médico sanitarista, observou que Mato Grosso e o Brasil vivem o pior momento da pandemia, com o caos no sistema de saúde causado principalmente pela variante amazônica do vírus, que é mais contagiosa, mais letal, produz quadros clínicos mais graves e pode reinfectar quem já teve Covid.
Ele observou que, com a vacinação a passos muito lentos, com apenas 1,5% da população mato-grossense tendo recebido a segunda dose, há risco de surgirem novas variantes genéticas do coronavírus.
O deputado apresentou também um requerimento para que a Assembleia Legislativa cobre do governador a decretação de quarentena em todo o território de Mato Grosso, com adoção do nível de risco muito alto, conforme previsto no Decreto 522, publicado pelo governador em junho de 2020. Esse requerimento ainda não foi votado em plenário.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta quarta-feira (17), 279.178 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados 6.574 mortes em decorrência do coronavírus.
Foram notificadas 2.115 novos casos de Covid-19 e 56 mortes nas últimas 24 horas. Dos 279.178 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 13.622 estão em isolamento domiciliar e 256.951 estão recuperados.
Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 478 internações em UTIs públicas e 502 enfermarias públicas. Isto é, a taxa de ocupação está em 97,31% para UTIs adulto e em 63% para enfermarias adulto.