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Em extinção, macaco-aranha que estava preso a correntes há mais de 20 anos é resgatado em MT

A polícia soube do caso após um vídeo viralizar nas redes sociais mostrando o dono da fazenda dando bebida alcoólica para o animal.

Data: Quarta-feira, 24/03/2021 16:42
Fonte: G1 MT

Agentes do Núcleo de Fiscalização Integrada e da Polícia Civil apreenderam um macaco-aranha da testa branca que estava amarrado por corrente em uma propriedade rural em Sorriso, a 423 km de Cuiabá, há mais de 20 anos.

O delegado Getúlio Daniel afirmou que o proprietário da fazenda onde o macaco foi encontrado deve responder por maus-tratos.

A polícia soube do caso após um vídeo viralizar nas redes sociais mostrando o dono da fazenda dando bebida alcoólica para o animal.

“Recebemos informações de um vídeo mostrando um macaco e um jovem tentando fazê-lo ingerir bebida alcoólica. Identificamos o local e fomos até lá”, disse.

A fazenda está localizada na divisa com o município de Vera.

O delegado destacou que esses animais silvestres necessitam de um lugar correto para sobreviver.

Como o animal convivia com outros animais, passará por uma quarentena e depois irá para um santuário.

Devido à idade dele, há uma dificuldade muito grande para que volte ao habitat natural.

O proprietário da fazenda não foi encaminhado à delegacia porque está com Covid-19.

Macaco-aranha da testa branca

O macaco-aranha-de-testa-branca é conhecido também por Coatá. A pelagem é inteiramente preta, na fronte da cabeça possui uma mancha branca e listras brancas dos lados da face. Ele mede de 34 a 50 cm de comprimento e pesam entre 5 a 6 kg., com membros compridos e de estrutura esguia.

Cauda longa e preênsil medindo entre 61 a 77 cm, o macaco-aranha o utiliza para locomoção e forrageamento. A pelagem macia e negra, no focinho e ao redor dos olhos possuem pele nua cor-de-rosa ou vermelho-clara.

Possuem várias vocalizações, que utilizam quando encontram comida e para manter o grupo unido. O macaco-aranha-de-testa branca Forma grandes grupos sociais (mais de 30 indivíduos), que ocupam preferencialmente os níveis superiores do dossel e nas árvores emergentes.

São caçados para alimento e também para se transformarem em xerimbabo (animal de estimação) pelos índios.