A cuiabana Thais Oliveira, de 18 anos, está entre os 53 estudantes do Brasil que conseguiram atingir a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano passado.
Essa é a segunda vez que ela tirou a maior nota na redação. Em 2016, também tirou nota 1.000, mas não começou a faculdade à época porque não tinha concluído o ensino médio. Agora, ela pretende cursar medicina.
A jovem explicou que no ano passado fez um curso pré-vestibular em período integral, de segunda-feira a quarta-feira. Durante o restante da semana, reduzia para 4 horas por dia a rotina de estudos.
"Percebi que já tinha alguma bagagem da redação anterior e isso me permitiu reduzir os horários de estudo", disse.
Obter nota máxima na redação pela segunda vez, no entanto, foi uma surpresa para a estudante. Ela disse que não imaginava conseguir novamente o mesmo resultado.
Em 2015, quando prestou o Enem apenas para adquirir experieência, tirou nota superior a 900 na redação.
"Eu fiquei surpresa. A redação anterior me deu confiança, mas eu ainda tinha medo. Eu me sinto realizada", afirmou.
O tema da redação do Enem 2017 foi "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil".
Thais explicou que não havia estudado algo específico sobre o assunto, no entanto, sempre buscava ler sobre temas relacionados à educação.
"Não trabalhei algo tão específico. Eu estudava algumas coisas relacionadas à inclusão e a problemas sociais", contou.
A adolescente pretende cursar medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e aconselha aos jovens que pretendem prestar o Enem em 2018 a prestarem atenção nas aulas e acompanhar as notícias.
"É preciso ser dedicado e prestar atenção em todas as aulas e sempre refazer o tema das redações para melhorar", afirmou.
A família e os professores sempre a ajudavam nos estudos. Para ela, o resultado da redação é fruto de um trabalho em equipe.
"Minha família e professores sempre me apoiavam e me traziam muita confiança", disse.
Das 4,72 milhões de redações corrigidas, 309.157 tiveram nota zero. A fuga ao tema da prova foi o motivo para zerar a redação. Em 2016, apenas 0,78% dos alunos cometeram este erro. Em 2017, o número subiu para 5,01%.
Apesar de haver menos “notas mil” em comparação com o Enem do ano anterior, em que 77 alunos tiraram a nota máxima na redação, o rendimento dos estudantes foi melhor. A nota média da redação passou de 541,9 para 558.