Samura tinha fortes conexões com uma facção brasileira que atua no Rio de Janeiro era responsável pelo envio de grandes carregamentos de cocaína para o Brasil.
Também era o administrador de um relevante esquema de lavagem de dinheiro em solo paraguaio.
Além de atuar no envio de cocaína, o criminoso fornecia armas de grosso calibre à organização criminosa carioca, utilizando-se de propriedades rurais em solo paraguaio como estrutura logística para aterrissagem e decolagem de pequenas aeronaves carregadas com cocaína e armas.
O traficante já havia sido preso em 2018 por autoridades do Paraguai, entretanto, em 11 de setembro de 2019, foi resgatado de um presídio naquele país em ação extremamente violenta, com a utilização de armas de fogo de grosso calibre, que ainda causou a morte de um oficial da polícia paraguaia.
O mandado de prisão preventiva para extradição foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumprido pela PF em Mato Grosso.
No momento da prisão, o paraguaio estava com uma arma e utilizava documento falso, razão pela qual também foi preso em flagrante.
Perfil
De acordo com a Senad, Samura tinha um grande poder aquisitivo. Considerado ‘mão de ferro’, ele tinha uma grande infraestrutura, logística e controle sobre criminosos em várias atividades ilegais.
A secretaria do Paraguai calcula que o narcotraficante era o responsável pelo tráfico de cocaína com lucros que giravam em torno de 20 milhões de dólares por mês, levando-se em consideração a quantidade de drogas.
O tráfico era feito por aviões que descarregavam os entorpecentes em propriedades rurais localizadas em Amambay, Concepción e Alto Paraguai.