Diego Oliveira, pai do bebê de 8 meses, Pietro, que faleceu na última terça-feira, 16/01, durante atendimento entre a UPA e o Hospital Regional diz que vai cobrar justiça e quer saber qual a causa da morte do filho. Ele esteve no programa A Voz do Povo desta sexta-feira, 19/01 e contou como foi o atendimento pela primeira vez que procurou a UPA - Unidade de Pronto Atendimento de Sorriso "No domingo de manhã eu percebi que ele não estava muito bem. Quando foi meio dia fui até a UPA lá ele foi atendido até rápido, ele estava com muita febre, colocaram ele em uma bacia com água bem gelada para tirar a febre. Daí uns 15 minutos a febre abaixou. A enfermeira deu uma dose de remédio para ele. E perguntou se a médica havia dado alguma receita, disse que não. Aí ela voltou com a receita que era dipirona, paracetamol e amoxicilina. Mas não foi feito nenhum exame. A médica olhou a garganta e disse: 'Pai ele está com uma pequena inflamação na garganta’.
Ele contou que após o atendimento foram liberados “Aí liberaram ele para ir para casa, sem nenhum raio-X, nenhum exame, disse apenas que era uma infecção de garganta. Que era para ir pra casa, dar os remedinhos que daí a 5 a 7 dias ele ficaria bom. Fui pra casa dei os remédios certinho.
Na terça feira o bebê piorou “Na terça-feira, saí pra trabalhar, deixei o bebê com meu irmão e ele me ligou de manhã dizendo que o bebê não estava bem. Fui pra casa, ele estava meio manhoso como se quisesse dormir, era hora de dormir entre 10h30min e 11h00min. Coloquei a mão nele estava com febre, mas não muito alta. Meu sogro chegou e disse que o bebe não estava bem, para levarmos na UPA. Chegamos lá a UPA estava lotada. Minha esposa não quis esperar pegou o bebê e foi pra dentro. Um médico já deu o primeiro atendimento, começaram a fazer massagem nele, ele não aguentou de dor, começou a fazer cocô. Fui comprar lencinho umedecido para limpar ele, e ele já estava perdendo a consciência. Quando eu cheguei minha esposa falou para irmos pro Regional, quando chegou lá em pouco tempo ele veio a óbito”.
Segundo o pai nem a UPA, nem o Hospital Regional queria dar o atestado de óbito, por isso ficaram sem ter a causa da morte da criança. “Ninguém queria segurar a barra, ninguém queria ser prejudicado, ninguém queria fazer nada”.
Ainda de acordo com o pai, o poder público não deu nenhum apoio à família. Nem o hospital, nem a Secretaria de Saúde, ninguém não entrou em contato com a família. “Eu vou querer justiça, porque eu vou querer saber do que meu filho morreu, porque ele veio a óbito, porque uma dor de garganta não iria levar uma criança a óbito em três dias”.