A segunda dose da vacinação contra a Covid-19 foi suspensa em Sinop, a 503 km de Cuiabá, por falta de imunizantes. Este é terceiro município que suspende a vacinação por falta de doses, assim como Barra do Garças e Rondonópolis.
A Prefeitura de Sinop disse em nota que a vacinação da segunda dose com o imunizante Coronavac está temporariamente suspensa. Só a vacina da Astrazeneca está sendo aplicada na campanha que ocorre nesta quinta e sexta-feira, até que cheguem mais doses da Coronavac.
Ainda segundo o município, a suspensão desta vacinação não causa prejuízos à população, considerando que grande parte das aplicações previstas até 30 de abril foram feitas de forma antecipada no decorrer do mês e, também, na ação drive-thru, feita no último sábado (24) justamente para segunda dose. Agora a secretaria aguarda o envio de mais doses pelo Ministério da Saúde.
O problema da falta de segunda dose nos estados acontece depois de o Ministério da Saúde, então dirigido pelo general Eduardo Pazuello, ter recomendado o uso de todo o estoque da vacina como primeira dose após "garantia da segurança das entregas por parte dos fornecedores". Depois, mudou a orientação ao recomendar reserva de imunizantes.
Além das cidades de Mato Grosso, cidades de ao menos 18 estados suspenderam a aplicação da 2ª dose da CoronaVac por falta de imunizante nesta semana.
A CoronaVac tem de ser aplicada em um intervalo de até 28 dias. Se houver atraso, a orientação é tomar o quanto antes e o atraso, segundo o Ministério da Saúde, não compromete a imunização da população.
O imunizante do Instituto Butantan é a principal vacina do programa nacional de imunização contra a Covid-19: corresponde a 76% das vacinas aplicados na população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde.
Neste mês, entretanto, houve atraso na entrega da CoronaVac e de parte dos imunizantes por conta de problemas na entrega do princípio ativo.
Nesta quarta, o Butantan anunciou que antecipará para a próxima sexta (30) a entrega de 600 mil novas doses de CoronaVac ao Ministério da Saúde. A nova remessa faz parte do primeiro contrato firmado com o governo federal para o fornecimento de 46 milhões de doses, que inicialmente estava previsto para ser completamente entregue em 30 de abril.
Até o dia 19 de abril, o Butantan entregou ao Ministério da Saúde 41,4 milhões de doses da CoronaVac. Com o nove lote de sexta, serão 42 milhões.
Ainda faltam, portanto, 4 milhões de doses do primeiro contrato, que devem ser entregues em maio.