Pedro Mário de Jesus, 49 anos, foi assassinado a tiros na noite do último domingo (21), no bairro Santa Izabel, em Cuiabá. Segundo as informações, a vítima estava em um bar quando foi surpreendida pelos criminosos. ‘Pedrinho’ – como era conhecido - tem diversas passagens pela polícia e é acusado de participar da morte de um detento na Penitenciária Central do Estado (PCE), em 2001, tendo inclusive colocado fogo no corpo do reeducando.
Narra o boletim de ocorrências (BO) que a Polícia Militar foi acionada por moradores da região, após eles ouvirem barulhos de disparos de arma de fogo. A equipe então seguiu para o local, onde encontrou a vítima caída ao solo e ensanguentada. Ao lado do homem, estavam diversas cápsulas de munições e projéteis.
Uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas a equipe apenas constatou o óbito do homem. A filha da vítima esteve no local e passou os dados do seu pai para as autoridades.
Os policiais ainda tentaram ouvir populares, para tentar conseguir alguma identificação do criminoso. Porém, eles não quiseram relatar quem teria sido o responsável pelo homicídio. O local foi isolado para o trabalho da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Morte na PCE
Pedro Mário também é acusado, junto com pelo menos outras duas pessoas, de assassinar um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), em outubro de 2001, de forma brutal e com recurso que dificultou a defesa da vítima, identificada como Paulo Alto dos Santos, que havia se recusado a colaborar com a entrada de drogas no presídio.
No dia 26 daquele mês, a vítima havia sido espancada por um reeducando chamado Edson Tobias, dentro do setor denominado “ala fraca”, que funcionava como ala da segurança. Por conta disto, Paulo foi transferido para a “ala x”. Três dias depois, os acusados planejaram uma rebelião com intuito de invadir o local e matar o reeducando.
Iniciada a rebelião, vários reeducandos foragiram da ala D e os acusados seguiram até onde estava Paulo, que estava debilitado, em razão das agressões sofridas anteriormente. Na sequência, começaram a desferir golpes de “chuço” abrindo-lhe e expondo as vísceras. Depois, atearam fogo no tronco e face da vítima que faleceu em decorrência das lesões sofridas.
O laudo de necropsia da vítima atesta que sua morte se deu por meio insidioso e cruel, consistente em politraumatismo produzidos por instrumentos perfurocontundentes e perfurocortantes. O meio usado causou sofrimento exarcebado na vítima.