O Secretário de Saúde afirmou em entrevista à Rádio Capital FM a real situação da saúde no MT, explicando como a saúde mato-grossense sentirá esse declínio nos próximos dias. “Acho que nós já estamos nela. Porque, o que é uma onda? É quando você tem um período de declínio substancial e depois que o declínio termina, começa a nascer uma nova onda. Então, isso já começa a aparecer. Já temos novas variantes circulando. Em alguns municípios a gente já sente um crescimento substancial. Provavelmente, nós temos uma onda nova a ser administrada daqui”.
O Secretário explicou que o Mato Grosso já está se preparando para enfrentar essa nova situação da nova variante da Covid-19, mudando alguns planos de ação, visando o aumento de casos confirmados no estado, ressaltando o centro de triagem presente na arena pantanal na capital Cuiabá. Centro este que o Governador Mauro Mendes avaliou fechar devido ao inicio do Campeonato Brasileiro da série A, e pela queda de demanda no mês de abril/2021, porém essa hipótese foi descartada temporariamente, o secretário explicou: “Nós já estamos experimentando o crescimento do atendimento novamente lá no Centro de Triagem. Então, não temos data definida para interromper os atendimentos lá”.
COMÉRCIOS EM FUNCIONAMENTO
Outro motivo de preocupação para o Governo, é o fato de que (8) oito variantes do vírus estão em circulação no MT, o secretário explicou: “Está muito relacionado ao comportamento da população. Nós tivemos uma série de episódios, principalmente no Dia das Mães, a flexibilização praticamente total nos municípios das atividades que estavam tendo uma certa restrição e isso aumenta a circulação do vírus e de suas variantes. Nós já tivemos em situações mais confortáveis em relação a isso”. Frisando a falta de cuidado que geralmente ocorre nos municípios em datas comemorativas.
O secretário tem temido uma nova superlotação em hospitais, públicos e privados, e afirmou, os reflexos dessas flexibilizações serão sentidos nos próximos 15 dias, dizendo: “Os efeitos de crescimento nesses números de casos que começa a se apresentar agora, nós vamos perceber na hospitalização daqui uns 15 a 20 dias. Então, nós precisamos todos os dias fazer uma análise e acompanhar isso. Nacionalmente, temos um declínio, mas precisamos estar preparados, caso efetivamente uma terceira onda venha com uma densidade muito grande no número de casos. Tem uma série de condicionantes que afetam esse comportamento, principalmente, a população que já está se comportando como se a pandemia tivesse acabado”, com isso o secretário deixou um alerta para toda a população mato-grossense.
Atualmente, a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está em 77,25% para UTI’s adulto e em 36% para enfermarias para adultos. Explicando, Figueiredo fala que por mais que os municípios estejam se preparando para receber novos leitos de UTI, dependendo da gravidade dos casos que acontecerem na terceira onda, é possível que os leitos não sejam suficientes, dizendo: “Nós não paramos nem um minuto de trabalhar na abertura de novos leitos de UTI. Nós temos hoje 608 leitos de UTI exclusivas para Covid no estado de Mato Grosso. Nós temos leitos de enfermaria em números substanciais, um total de 932 leitos foram criados. Mas, todos acompanham a dificuldade que é você intensificar a abertura de leitos de UTI, um conjunto acaba demandando cerca de 60 profissionais. Por mais que nos esforçamos na abertura de novos leitos, isso pode ser insuficiente caso a onda seja muito grave. Na segunda onda nós chegamos a ter 200 pacientes aguardando por leitos de UTI”, lembrou.
Com muita preocupação, o secretário de Saúde do estado de Mato Grosso, deixa mais uma vez o alerta para a população, frisando que a pandemia ainda não acabou e é necessário mantermos o cuidado e cumprirmos as medidas de segurança, já que, a possibilidade de um agravamento de casos na terceira onda pode ser mortal, já que o novo vírus tem afetado toda a população em todas as idades.