A travesti de 37 anos, Júlio César de Arruda, de nome social Julia, foi encontrada morta por um familiar, na manhã do último domingo (21), no bairro Ouro Branco, em Várzea Grande. A vítima, que trabalhava como cozinheira em uma peixaria, foi assassinada com diversos golpes de faca pelo corpo, além de ter sido esgorjada (quando há um corte no pescoço, mas a cabeça não chega ser separada do corpo).
Segundo as informações do boletim de ocorrências (BO), a equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para atender a ocorrência por volta das 11 horas. Quando chegou, encontrou a travesti caída e com diversos ferimentos no tórax, costas e cabeça, desferidos por arma branca.
A vítima quase foi decapitada pelo criminoso e estava com suas roupas íntimas e usando short e blusa. O cunhado contou aos investigadores que Julia trabalhava como cozinheira em uma peixaria e que costumava tomar café da manhã com a mãe, para só depois ir ao serviço.
Porém, desta vez a vítima não teria ido tomar o café da manhã, o que causou estranheza aos familiares. Quando o cunhado chegou, encontrou um botijão de gás e um aparelho de DVD próximo ao muro da casa e resolveu pular o muro. Quando chegou ao outro lado, encontrou a travesti já morta.
A casa da travesti estava bagunçada e com marcas de sangue. Vizinhos contaram aos investigadores que a vítima era querida e muito reservada quanto a sua vida pessoal e que comentou de um possível namorado. Porém, relataram que nunca o viram ou conheceram.
O caso continua a ser investigado para tentar identificar o responsável pelo homicídio.