O Instituto Mato-grossense da Carne emitiu um sinal de alerta, diante do momento vivido pela indústria frigorífica no estado, que estar operando com margens negativas. A análise é baseada no equivalente físico (EF) do boi gordo, indicador que considera a receita que o frigorífico gera ao vender carne com osso no atacado (comparando com valor pago pela arroba do boi gordo ao pecuarista). Este valor é expresso em Reais/@. Quando o EF for maior que o valor pago pelo frigorífico ao pecuarista, pode significar margem positiva para a indústria. Se for o contrário, pode indicar margem negativa.
De acordo com o Imac, em março o EF ficou em -14,1%. No mês seguinte, em -13,3%. É o menor patamar em 13 anos. Em junho de 2008, o indicador aponta -13,7% no estado. “Sinal de que as operações podem estar sendo realizadas com margens negativas”, explica Bruno de Andrade, diretor de operações do Imac. Ele explica que o cenário é reflexo da menor disponibilidade de animais prontos para abate – o que eleva o valor do boi gordo – associado à estagnação do mercado da carne, que impede que as altas sejam repassadas ao consumidor.