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Acusado de matar mulher em Novo Horizonte segue com 80% do esôfago comprometido e justiça autoriza prisão domiciliar

Os documentos encaminhados à Justiça apontam que o acusado tem lesões "irreversíveis" e está com 80% do esôfago comprometido.

Data: Segunda-feira, 24/05/2021 08:47
Fonte: Por: Só Notícias/Herbert de Souza

A Justiça decidiu converter em domiciliar a prisão preventiva do principal suspeito de assassinar Adriana Barra, 41 anos, em março deste ano, no município de Novo Horizonte do Norte (27 KM de Juara). Marcelo Aparecido Martins, de 36 anos, estava preso desde o crime, no entanto, segue em estado grave, pois ingeriu soda cáustica antes de ser localizado.

Os documentos encaminhados à Justiça apontam que o acusado tem lesões “irreversíveis” e está com 80% do esôfago comprometido. Os laudos médicos também detalharam que o homem encontra-se “severamente emagrecido, com dificuldade de deglutição alimentar, sendo necessário ser realizada gastrostomia (colocação de sonda alimentar diretamente no estômago)”.

O documento médico também apontou ser “imprescindível o acompanhamento diário por profissionais treinados no manuseio da sonda alimentar” e, por esse motivo, foi recomendada a transferência do acusado para “um estabelecimento prisional que possa oferecer os cuidados devidos, vez que as condições sanitárias e recursos humanos da Cadeia Pública de Porto dos Gaúchos é deficiente”, ou sua colocação em prisão domiciliar, “com a devida capacitação de um familiar”.

O Ministério Público do Estado encaminhou parecer opinando pela substituição da prisão preventiva por domiciliar. A Promotoria também relatou que teve contato com um familiar do suspeito, o qual se comprometeu a ficar responsável pelos cuidados médicos.

“Dessa maneira, não obstante a gravidade do delito imputado ao denunciado, examinando os documentos juntados nos autos, verifica-se que o réu faz jus à concessão de prisão domiciliar, tendo em vista que encontra-se extremamente debilitado. Aliado ao estado clínico grave do acusado, têm-se ainda que a unidade prisional local não disponibiliza da assistência médica adequada e completa para o caso em comento, conferindo-lhe, pois, natureza excepcional, eis que a doença exige cuidados especiais, insuscetíveis de serem prestados no local da prisão”, comentou o juiz Rafael Depra Panichella.

Adriana foi morta a facadas, onde residia. No local, os policiais encontraram um copo com água e soda, no qual havia marcas de sangue. O suspeito procurou atendimento médico horas depois, quando acabou sendo preso.