O juiz Rafael Depra Panichella, da cidade de Porto dos Gaúchos, concedeu prisão domiciliar a Marcelo Aparecido Martins, de 36 anos, acusado de assassinar a ex-mulher dele, Adriana Barra, de 41 anos, em março deste ano, na casa dela em Novo Horizonte do Norte. A decisão é do último dia 19.
O G1 não localizou a defesa do acusado.
De acordo com a decisão, laudos médicos de Marcelo indicaram que ele tem um quadro de gastrite e esofagite grave porque tentou se matar ao tomar soda cáustica logo após assassinar a mulher dele.
Segundo os médicos, ele perdeu muito peso e não consegue se alimentar, apenas por sonda. Marcelo está internado no hospital de Porto dos Gaúchos com 80% do estômago comprometido e corre risco de vida.
A direção da cadeia da região informou à Justiça que não tem estrutura ou servidores suficientes para cuidar do preso, caso ele fosse encaminhado à unidade prisional.
Por não conseguir se alimentar sozinho, o acusado precisa de cuidados diários e profissionais que façam o manuseio da sonda diretamente no estômago.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) se manifestou a favor da prisão domiciliar, que foi concedida pelo magistrado depois que o irmão de Marcelo se comprometeu a ser o responsável por ele durante a prisão domiciliar.
Marcelo deverá ficar na casa do irmão, em Juara, e não poderá se ausentar da cidade sem autorização da Justiça de Mato Grosso.
Segundo a investigação à época, o casal teve uma relação conturbada por dois anos, com várias brigas e términos.
Há cerca de um mês antes do crime, Marcelo se mudou para Novo Horizonte do Norte e passou a ter encontros com Adriana.
Na noite do dia 21 de março, testemunhas ouviram uma discussão e Adriana foi encontrada morta com golpes de faca no pescoço no outro dia.