A organização criminosa investigada por ofertar cursos e diplomas, históricos escolares, que foi alvo da operação “Zircônia”, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), causou prejuízo de quase R$ 1 milhão a dezenas de alunos.
Segundo o Gaeco, o grupo vendia certificados de conclusão de cursos de ensino superior sem autorização do Ministério da Educação (MEC) e foi alvo de uma operação nesta quinta-feira (27) em Mato Grosso e Minas Gerais.
Foram aproximadamente 130 diplomas e 110 históricos escolares falsos em apenas uma das instituições utilizadas pela organização.
De acordo com o Gaeco, durante a investigação foi constatado que muitos desses documentos falsos foram utilizados pelos ex-alunos das instituições de ensino utilizadas pela organização como implemento de condição (escolaridade nível superior) para ocupação de cargos públicos.
Outros foram usados para elevação de nível ou de classe (progressão na carreira) e, no caso de servidores da educação, para obtenção de pontos utilizados na atribuição de classes e aulas para professores.
Foram cumpridas 35 ordens judiciais, além dos bloqueios bancários. C
Com início em meados de 2019, no decorrer da investigação dezenas de ex-alunos foram intimados e ouvidos no Gaeco, ocasiões em que os diplomas, históricos escolares e certificados de conclusão de curso superior expedidos fraudulentamente pela organização criminosa, utilizando-se de nomes de outras Instituições de ensino superior, foram apreendidos.
Conforme informações do Gaeco, a investigação demonstrou que a organização criminosa ofertava e ministrava, em nome dos estabelecimentos de ensino sediados em Cuiabá, cursos de nível superior – geralmente Tecnólogo em Gestão Pública e Bacharelado em Administração – sem a devida autorização do MEC.