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Acusado de matar menina de 11 anos também responde por execução do próprio pai e outros homicídios

Data: Terça-feira, 01/06/2021 15:06
Fonte: OLHAR DIRETO

J.C.S., 50 anos, acusado de ser o responsável pela morte e ocultação de cadáver da menina Andrelina Lima Marques, ocorrida há dez anos em Nova Olímpia (204 quilômetros de Cuiabá), também é investigado por diversos outros homicídios, incluindo o do seu próprio pai. Segundo a namorada, ele já teria contado para ela sobre dois outros crimes cometidos. Ela também relatou que ele era bastante agressivo e já a ameaçou de morte várias vezes.

 
De acordo com o delegado Adil Pinheiro de Paula, de Tangará da Serra, o investigado pela morte de Andrelina se passou por pastor evangélico e chegou a morar em seis estados do País utilizando documento falso para escapar dos mandados judiciais que havia contra ele. 

J.C.S. foi preso em Goiânia por uso de documento falso e estava junto com sua namorada, sendo ambos conduzidos ao 22º Distrito Policial da cidade. Depois de checagem nos sistemas de identificação, os policiais descobriram a real identidade e o mandado de prisão decretado pela Justiça de Mato Grosso pelo caso da garota Andrelina e mais um, também por um homicídio, ocorrido em Alagoas. 

O suspeito usava o primeiro nome de Flávio e declarou trabalhar como pedreiro. Ele já morou nos estados de Alagoas, onde foi investigado pela morte do próprio pai, cujo mandado de prisão foi cumprido também em Goiânia. E teve moradias ainda nos estados da Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e, por último, em Goiás.

A namorada dele declarou à Polícia Civil que o conheceu em 2019, durante um baile em Goiânia, quando ele se apresentou com o nome de Flávio, e então começaram a namorar. Ela disse ainda que ele nunca declarou o nome verdadeiro e depois de um tempo, após uma discussão entre ambos, ele voltou para Mato Grosso, indo morar em Rondonópolis.

Depois de manter contato com ele novamente, a namorada foi reencontrá-lo em Rondonópolis, onde durante uma crise de ciúmes ele a ameaçou de morte e disse que a mataria e enterraria. Após a briga, a mulher retornou a Goiás. Em maio de 2020, o suspeito voltou para Goiânia e reatou o relacionamento com a namorada, mas sempre a tratava com agressões quando ela discordava dele. 

Durante as discussões e surtos, em certa ocasião ele declarou à namorada que havia matado duas pessoas, sendo uma delas um motoboy em Rondonópolis e a outra pessoa em São Paulo. A mulher disse ainda que não acreditava nas afirmações do namorado e achava que ele inventava as histórias para demonstrar coragem. 

O delegado Adil Pinheiro destaca que o inquérito instaurado na Delegacia de Nova Olímpia concluiu, com base em indícios e informações coletadas nas investigações, que J.C.S. cometeu abuso sexual contra a criança e depois matou e ocultou seu corpo.

“Para encobrir os abusos sexuais praticados contra a menina, ele a matou e enterrou. A esperança era de que ele revelasse o local onde enterrou a criança, mas ele demonstra um perfil frio, nega os crimes, apesar de todas as provas apontarem o contrário”, afirma o delegado.
 
A Polícia Civil divulgou a imagem do investigado para que a população tenha conhecimento e assim as investigações possam resultar em mais informações a respeito de possíveis crimes que ele possa ter praticado nas cidades por onde passou.