O Mato Grosso enfrentou um ano muito desafiador para a segunda safra de milho. Desde o plantio atrasado, que deixou mais de 40% das lavouras fora da janela ideal de cultivo, até a falta de chuvas em algumas regiões, levaram à uma redução na expectativa de produção.
Segundo o gestor técnico do Imea, Cleiton Gauer, a expectativa inicial, caso todas as condições fossem as ideais, era produzir 36 milhões de toneladas no estado. Porém, neste momento, a projeção já é de 32 milhões de toneladas. Quanto a produtividade, a safra passada apresentou 109 sacas por hectare, mas a deste ano deverá ficar em torno de 93,8 sacas.
Entre as regiões que mais sofreram com o clima no estado estão a Sudeste, nos municípios de Primavera do Leste e Rondonópolis, Médio Norte, em Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, e Centro Sul, em Tangará da Serra e Diamantino.
Os trabalhos de colheita estão começando, ainda muito pontualmente no estado de MT, e devem começar a ganhar ritmo na segunda quinzena de junho para avançar forte em julho e agosto. Esse alongamento da colheita merece atenção dos produtores para o prazo que haverá de manejo e preparação de solo antes do próximo plantio da safra verão 2021/22.
Olhando para o mercado, Gauer destaca que as vendas desaceleraram nos últimos meses, já chegam à 74% da produção esperada, com os volumes restantes sendo reservados para após a colheita e momentos de preços mais elevados.