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Casal que vendia doces recheados com maconha é condenado a mais de 10 anos de prisão por tráfico em MT

Foram apreendidas 21 trufas recheadas de maconha. Casal fez uma fachada na casa onde moravam 'Feito Com Amor Gourmeteria'.

Data: Terça-feira, 08/06/2021 08:51
Fonte: G1 MT

Um casal que vendia trufas, biscoitos e barras de chocolate recheados com maconha em Sorriso, no norte do estado, foi condenado por tráfico e associação para o tráfico de drogas. O homem recebeu a pena de 13 anos de prisão, enquanto a pena dela foi fixada em 14 anos, ambos em regime fechado. A decisão é da juíza Emanuelle Chiaradia Navarro Mano, da 1ª Vara Criminal da comarca.

A denúncia foi oferecida ao Ministério Público Estadual (MPE) em outubro do ano passado, após investigação da Polícia Civil. À época, o casal foi preso durante uma operação com mandado de busca e apreensão domiciliar.

Segundo o MPE, na casa dos investigados, os policiais encontraram um depósito “com a finalidade de fornecer de qualquer modo ao consumo de terceiros, substância entorpecente, tudo sem autorização e em desacordo com determinação legal e regulamentar”.

Foram apreendidos na casa deles três quilos de maconha, 21 trufas recheadas de maconha, 15 porções de maconha, uma planta de maconha, uma porção de cocaína, um tubo com maconha, 44 biscoitos recheados de maconha, três barras de chocolate com recheio de maconha e dois doces no formato e recheados de maconha, além de R$ 964, duas balanças de precisão e material para embalagem de droga.

Durante as investigações, a polícia descobriu que a residência do casal era usada como “boca de fumo”, utilizando-se de uma fachada mentirosa com o nome de 'Feito Com Amor Gourmeteria'.

“A considerável quantidade de entorpecente apreendida em poder dos acusados e o modus operandi por eles desenvolvido (aparente gourmeteria destinada à venda de doces recheados de maconha) demonstram, per se, o seu permanente envolvimento na disseminação da substância proscrita nesta cidade, sendo forçoso concluir, pois, que os réus, além da péssima conduta social, dedicavam-se à atividade criminosa”, argumentou o promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino, na fase de alegações finais do processo.

Na decisão, a juíza afirmou que “examinando criteriosamente os fatos submetidos à apreciação, denota-se que o casal realiza postura com o objetivo de promover a difusão da circulação de substâncias entorpecentes”.

A magistrada assinalou que ambos são dependentes químicos e, além de não terem conseguido colocar em prática as lições aprendidas nas clínicas de reabilitação pelas quais passaram, decidiram unir a profissão de tecla, confeiteira, com o tráfico, a fim de obterem vantagem e assim se sustentarem, incluído o vício.