Um homem acusado de estuprar a própria filha, de 11 anos, foi a júri nesta quinta-feira (17), em Cuiabá. Cleiton da Paixão Guimarães, de 40 anos, foi condenado a 33 anos, 11 meses e 10 dias prisão pelos crimes de estupro de vulnerável, aborto e ocultação/destruição de cadáver.
O G1 não localizou o advogado dele.
A sessão de julgamento durou 15 horas. O réu, que foi condenado ainda ao pagamento das custas e demais despesas processuais, pode recorrer da decisão.
De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), o crime de aborto ocorreu na madrugada do dia 17 de abril de 2019, na residência da família. Consta nos autos que a vítima sofria abusos sexuais desde o ano de 2017.
O caso veio à tona depois que a mãe percebeu mudanças no corpo da filha e percebeu o crescimento da barriga da menina.
O acusado foi preso em flagrante e confirmou que, após estuprar a vítima, realizou testes de gravidez nela e depois comprou remédio para que tomasse, com a intenção de fazê-la abortar.
Segundo apurado pela polícia, após passar um dia inteiro com muitas dores, a vítima expeliu o feto com a ajuda do pai que, na sequência, colocou-o em uma sacola e fugiu do local.
Posteriormente, ele voltou à residência e deparou-se com a Polícia Militar, momento em que confessou os crimes, afirmando inclusive que havia jogado o feto no rio Coxipó.