A mulher suspeita de mandar matar o marido dela, o servidor público Edson Vicente da Costa, em novembro do ano passado, se entregou na delegacia nesta segunda-feira (21), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.
Ela é investigada pela Polícia Civil junto com o amante, que também está preso por suspeita de participação no crime.
De acordo com o delegado do caso, Adil Pinheiro, os suspeitos teriam simulado um assalto para matar Edson, com a intenção de ficar com os bens da vítima.
O homem, que é apontado como o executor, teve o mandado de prisão cumprido na quinta-feira (17), no sítio dos pais, na zona rural de Santo Afonso - divisa com Tangará da Serra. Já a mulher, investigada por ser a mandante do crime, se entregou na presença do advogado dela.
O delegado decretou o sigilo do inquérito devido à repercussão que o caso teve na cidade.
Edson voltava de um evento político de moto quando foi abordado na garagem de casa por um homem armado, que efetuou vários disparos de arma de fogo, atingindo a vítima nos braços, tórax e cabeça.
Apesar do suspeito ter fugido com a moto do servidor, as investigações demonstraram que a intenção não foi um roubo e sim a execução.
Logo após os tiros, a mulher de Edson foi chamada por vizinhos e encontrou a vítima caída na garagem. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Edson trabalhava como funcionário público de carreira do município. Ele também era advogado, militante político e apaixonado por futebol.
O delegado responsável pelas investigações, Adil Pinheiro de Paula, disse que a pressa da esposa em acessar os bens do servidor após a sua morte chamou a atenção dos policiais.
Segundo o delegado, os únicos dois interessados na morte da vítima foram justamente os suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada.
Os investigadores apuraram que o casal tinha problemas no casamento, mas não tinham a intenção de se separar para evitar a partilha de bens.
A vítima teria feito dívidas para comprar o carro e a casa, e a mulher estava mantendo um caso extraconjugal e queria que o marido deixasse a residência.
Durante as investigações, segundo a polícia, foram ouvidas diversas testemunhas que apontaram que a vítima não tinha inimigos, no entanto, mantinha um relacionamento conturbado com a mulher.