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Mulher suspeita de planejar morte do marido para ficar com os bens dele se entrega na delegacia em MT

Junto com o amante, que também foi preso, a mulher teria planejado a morte do marido. Edson Vicente da Costa foi morto em novembro de 2020.

Data: Terça-feira, 22/06/2021 00:00
Fonte: G1 MT

A mulher suspeita de mandar matar o marido dela, o servidor público Edson Vicente da Costa, em novembro do ano passado, se entregou na delegacia nesta segunda-feira (21), em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá.

Ela é investigada pela Polícia Civil junto com o amante, que também está preso por suspeita de participação no crime.

De acordo com o delegado do caso, Adil Pinheiro, os suspeitos teriam simulado um assalto para matar Edson, com a intenção de ficar com os bens da vítima.

O homem, que é apontado como o executor, teve o mandado de prisão cumprido na quinta-feira (17), no sítio dos pais, na zona rural de Santo Afonso - divisa com Tangará da Serra. Já a mulher, investigada por ser a mandante do crime, se entregou na presença do advogado dela.

O delegado decretou o sigilo do inquérito devido à repercussão que o caso teve na cidade.

O crime

 

Edson voltava de um evento político de moto quando foi abordado na garagem de casa por um homem armado, que efetuou vários disparos de arma de fogo, atingindo a vítima nos braços, tórax e cabeça.

Apesar do suspeito ter fugido com a moto do servidor, as investigações demonstraram que a intenção não foi um roubo e sim a execução.

Logo após os tiros, a mulher de Edson foi chamada por vizinhos e encontrou a vítima caída na garagem. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Edson trabalhava como funcionário público de carreira do município. Ele também era advogado, militante político e apaixonado por futebol.

 

Pressa dos suspeitos

 

O delegado responsável pelas investigações, Adil Pinheiro de Paula, disse que a pressa da esposa em acessar os bens do servidor após a sua morte chamou a atenção dos policiais.

Segundo o delegado, os únicos dois interessados na morte da vítima foram justamente os suspeitos que tiveram a prisão preventiva decretada.

Os investigadores apuraram que o casal tinha problemas no casamento, mas não tinham a intenção de se separar para evitar a partilha de bens.

A vítima teria feito dívidas para comprar o carro e a casa, e a mulher estava mantendo um caso extraconjugal e queria que o marido deixasse a residência.

Durante as investigações, segundo a polícia, foram ouvidas diversas testemunhas que apontaram que a vítima não tinha inimigos, no entanto, mantinha um relacionamento conturbado com a mulher.