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Ladrão morto pelo Bope suspeito de assalto a bancos em MT postava mensagens motivacionais e de fé em rede social

Em 20 dias de operação polícia matou seis assaltantes e recuperou mais de R$ 288 mil do dinheiro roubado. Roubo no estilo Novo Cangaço ocorreu no dia 4 de junho em Nova Bandeirantes (MT).

Data: Sexta-feira, 25/06/2021 10:02
Fonte: G1 MT

O suposto assaltante que foi morto em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no começo desta semana em Nova Bandeirantes (MT), postava mensagens motivacionais e de fé em uma rede social.

Diego Almeida Costa, de 31 anos, é apontado pela polícia como integrante da quadrilha que assaltou duas agências bancárias, com reféns, no dia 4 deste mês.

Além dele, outros cinco assaltantes foram mortos em dois confrontos com a polícia: Maciel Gomes de Oliveira, 36 anos; Luiz Miguel Melek, 39; Romaro Batista de Oliveira, 35; Waldeir Porto Costa, 25; e Adailton Santos da Silva, 40.

Diego se identificava como funcionário de uma empresa de energia solar com sede no nordeste brasileiro.

Em 20 dias de operação para recuperar o dinheiro roubado das cooperativas de crédito de Nova Bandeirantes e prender os responsáveis pelo crime, as forças de segurança já conseguiram apreender mais de R$ 288 mil do dinheiro roubado, além de identificar oito suspeitos envolvidos no crime.

Desde o dia do assalto, mais de 120 agentes da segurança têm trabalhado para solucionar o crime, identificar e deter os responsáveis que participaram direta ou indiretamente da ação.

Confrontos

No dia 10 de junho, quatro suspeitos fugiram após avistar uma barreira policial. O Bope foi acionado e, durante as buscas em uma região de mata, os policiais foram surpreendidos por disparos.

Os quatro suspeitos foram atingidos e foi prestado atendimento médico, mas eles não resistiram. Foram recuperados R$ 164.731,25 do dinheiro roubado, além de armas, munições, roupas camufladas, entre outros.

Já na segunda-feira (21), dois suspeitos, também ao avistar uma barreira policial próxima ao município de Nova Monte Verde, fugiram para uma região de mata.

A polícia iniciou as buscas e encontrou os criminosos no interior de uma residência. Os policiais foram recebidos a tiros. Os dois suspeitos foram atingidos e não resistiram aos ferimentos.

Com eles, a polícia encontrou mais R$ 43.451,75 do dinheiro roubado, um revólver .38, uma espingarda calibre 12, roupas camufladas, coturnos, luvas, celulares e bateria externa de celular.

Ao retornar ao local do confronto, na última terça-feira (22), o Bope encontrou mais R$ 45.025,00 em dinheiro após varredura na área. Também foram encontradas roupas camufladas e uma rede de selva.

Prisões

Já na quinta-feira (23), a Polícia Civil conseguiu prender mais dois suspeitos em Nova Monte Verde.

A prisões ocorreram após os criminosos tentarem adquirir um veículo com dinheiro em espécie, o que chamou a atenção da polícia. Um dos suspeitos foi abordado na rua e o segundo em uma residência nas proximidades.

Junto com eles, a Polícia Civil apreendeu o valor de R$ 35.251,00 em dinheiro, além de outros itens como roupas camufladas, arma de fogo – entre elas um fuzil .30 - e munições.

De acordo com o delegado que está conduzindo as investigações, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o apoio das forças de segurança da região tem sido de grande valia, já que os profissionais locais conhecem bem as peculiaridades e condições geográficas da localidade.

Até o momento, 42 depoimentos com vítimas e testemunhas do crime já foram realizados pela Polícia Civil, além da análise de imagens dos estabelecimentos comerciais, não só de Nova Bandeirantes, mas das cidades da região onde os criminosos passaram e das praças de pedágio.

Assaltos

De acordo com a Polícia Militar, durante o assalto que ganhou repercussão nacional, mais de 30 pessoas foram feitas reféns por 10 homens armados e que estavam usando roupas camufladas.

Alguns moradores foram colocados nas carrocerias das caminhonetes usadas pela quadrilha.

No assalto, ao estilo Novo Cangaço, os criminosos renderam clientes e funcionários, utilizando-os como escudo humano em frente à duas agências de crédito.