Entre os meses de maio e julho, 151 pessoas foram presas em Mato Grosso na Operação Acalento, que investiga crimes praticados contra crianças e adolescentes, entres eles, estupro e estupro de vulnerável. A ação mobilizou forças policiais de todo o país, e foi coordenada pelo Ministério da Justiça. Dois dos presos são um homem de 44 anos, acusado pelo estupro cometido contra a sobrinha, de nove anos, e um homem suspeito de violentar as duas filhas, que tinham nove e 10 anos.
Com ações realizadas em 1.067 cidades, ao todo foram presas 715 pessoas em todo o país. Do número total de prisões em Mato Grosso, 95 delas foram em flagrante e o restante por mandado expedido pela Justiça. Além disso, as unidades da Polícia Civil envolvidas na operação instauraram no período, inquéritos relativos a crimes cujas vítimas são crianças e adolescentes e concluíram outros 202 procedimentos, além da lavratura de 55 Termos Circunstanciados de Ocorrências.
De acordo com a delegada Mariell Antonini Dias, da Delegacia Especializada da Mulher, Criança e Idoso de Várzea Grande, o número de atendimentos também chamou atenção durante a operação. “Os esforços policiais empreendidos na Operação Acalento resultaram no atendimento a 555 vítimas e as equipes realizaram 444 visitas e diligências para checagem de denúncias, apuração de crimes e levantamento de informações”, pontuou.
A Polícia Civil de Mato Grosso envolveu nas ações da Acalento todas as Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher do estado, Delegacia Especializada da Criança de Cuiabá e a Gerência Estadual de Polinter e Capturas no cumprimento de mandados em aberto contra pessoas investigadas por crimes praticados contra o público infantojuvenil.
Casos graves
Em Sinop (480 km de Cuiabá), a Delegacia Especializada da Mulher, Criança e Idoso cumpriu a prisão de um homem de 44 anos que foi investigado pelo estupro cometido contra a sobrinha, de nove anos. Ele aproveitava que a criança ficava em casa quando os pais saíam para o trabalho, pulava o muro da residência e a forçava a manter relação sexual com ele. Após a investigação a delegacia representou pela prisão preventiva.
Já na capital, um segundo foragido foi preso acusado de estuprar suas duas filhas, que tinham nove e 10 anos, à época, na região do Pedra 90. Os abusos se repetiram por anos, até que a mais nova das vítimas denunciou o crime ao Conselho Tutelar.
Na sexta-feira (16), último dia da Operação Acalento, a Delegacia da Mulher de Várzea Grande e a Polinter cumpriram mais duas prisões de investigados por estupro de vulnerável.