O empresário Jhonatan Galbiatti Mira, suspeito de espancar a ex-namorada dele por quatro horas, em maio deste ano em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, teve o pedido de liberdade negado pela Justiça de Mato Grosso. Ele teria agredido a vítima usando uma barra de ferro.
A decisão, do dia 19, é do juiz Roger Augusto Bim Donega, da 2ª Vara Criminal de Primavera do Leste.
Os advogados de Mira entraram na Justiça com pedido de revogação da prisão preventiva do empresário. Eles alegaram que não existiam elementos que indicassem a necessidade da prisão do empresário.
Ainda, os advogados argumentaram que Mira tem bons antecedentes, residência fixa e trabalho lícito, além de não ter antecedente criminal.
No entanto, o juiz analisou fotos que mostram a ex-namorada com hematomas no rosto, inclusive exames de que ela sofreu um dano cerebral por causa das agressões sofridas.
“Ademais, as agressões provocadas pelo agressor só demonstra ser o mesmo agressivo e, ainda, não possui nenhum controle psíquico, pois conforme se denota das imagens a seguir, o mesmo deixou vários hematomas visíveis no corpo da vítima", disse o juiz.
Ainda para o magistrado, 'diante disso, é possível perceber a periculosidade social do autuado, evidenciado pelo manifesto descontrole psíquico e motivações banais”, pontuou.
Mira foi preso no dia 13 de julho ao se apresentar à Polícia Civil. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Mato Grosso e estava foragido há dois meses.
Galbiatti é investigado por lesão corporal, ameaça, tortura e injúria contra a ex-namorada. Segundo a Justiça de Mato Grosso, há uma série de relatos onde a vítima afirma que sofreu agressões verbais e físicas durante o relacionamento que teve com o rapaz.
O casal ficou junto por seis anos e se separou em setembro de 2020. No entanto, os jovens se reaproximaram recentemente.
Galbiatti é classificado como uma pessoa extremamente ciumenta, descontrolada e possessiva, que sempre tentava controlar e intimidar a vítima às suas vontades.
Em diversas ocasiões o rapaz exigia que a jovem desbloqueasse o celular dele para que ele pudesse ler as mensagens que ela tinha com outras pessoas.
Quando isso acontecia, a vítima era agredida com socos e tapas, conforme informações obtidas pela Justiça, que classificou os episódios como ‘sessões de tortura’. Nas agressões, ele intimidava a moça ao quebrar objetos para assustá-la.
A jovem disse à Justiça que voltaram a se falar e se encontraram, mas não retomaram o namoro. No dia 19 de maio, os dois estavam na casa dele quando Galbiatti pegou o celular dela e a forçou para que entregasse a senha do aparelho.
Descontrolado, o ex-namorado bateu na cabeça da vítima várias vezes. A ex-namorada teve um ataque de pânico e não conseguiu sair do local ou pedir ajuda. Ela foi torturada por quatro horas e chegou a ficar inconsciente.
Ela foi para casa de carro na manhã do dia seguinte e, os pais dela, ao verem o estado da filha, decidiram leva-la ao médico. Os exames e tomografia apontaram uma mancha no cérebro da jovem.