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Possivelmente mais transmissível, mistura de variante Gama e Delta é identificada em paciente de MT

Data: Sexta-feira, 13/08/2021 14:53
Fonte: OLHAR DIRETO

A variante Gama (P1) da Covid-19, identificada pela primeira vez em Manaus (AM), agora possui uma versão ‘turbinada’ e, possivelmente mais transmissível. A descoberta foi feita por cientistas do Genov, um dos maiores projetos de vigilância genômica da América Latina, após análise de cinco amostras, sendo uma delas de um paciente de Mato Grosso. A informação foi divulgada no Blog da Lúcia Helena, no UOL.

 Batizada de Gama-Plus, ela conta com uma alteração genética em uma região nobre (a posição 681), no chamado sítio de furina, que condiciona a velocidade com que o vírus entra nas nossas células, mutação que é encontrada também na Delta.
 
Em resumo, de forma simplificada, pode-se dizer que que a variante identificada pelo Genov seria um mestiço de Gama com Delta.
 
Os cientistas descobriram a Gama-Plus ao analisar 502 amostras colhidas em maio de brasileiros infectados pelo Sars-CoV-2. Em 11 delas, na posição 681 da sequência de 30 mil letras que escrevem a receita genética do vírus da covid-19, um "P" tinha sido substituído por um "H". Já na 12ª amostra havia um "R" no lugar do velho "P", que é a mesma alteração da Delta.
 
Essas alterações foram encontradas em cinco amostras de Goiás; em duas do Tocantins; em uma de Mato Grosso, uma do Ceará, uma de Santa Catarina, uma do Paraná e uma do Rio de Janeiro.
 
Já existem por aí diversas variantes de gama, cepas com alterações em relação à sua versão original. "Mas são chamadas gama-plus apenas aquelas que têm algo a mais no sentido de aumentar o seu perigo", ensina o biólogo molecular e virologista José Eduardo Levi, que lidera a área de desenvolvimento e pesquisa da Dasa, rede de saúde integrada que criou o Genov.
 
Com o vírus entrando mais depressa nas células, pode aumentar a carga viral da cepa gama, que já era impressionante. Assim, devem se multiplicar as oportunidades de ela criar mutações diariamente. E gama-plus poderá então aproveitar o organismo dos semi-imunizados para testar aquelas que a ajudariam a lidar com anticorpos.
 
Por conta disto, é reforçada a importância de se acelerar a vacinação da população. "Em suma, quem não tomou a segunda dose dá mais chance ao vírus para aprender a escapar das defesas do quem quem ainda não foi vacinado", informa Levi. Portanto, as pessoas que estão no meio do caminho da imunização precisam ser ainda mais cuidadosas, em nome do coletivo.
 
No final do mês, devem sair os resultados da análise aprofundada de mais 1.500 amostras coletadas em junho.
 
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