A gasolina subiu cerca de 50% no acumulado deste ano, enquanto o diesel avançou mais de 38% em Mato Grosso. Nas refinarias, de janeiro a agosto, a gasolina teve 13 alterações nos preços, sendo nove para mais. Já o diesel foi reajustado 10 vezes, sendo sete aumentos neste ano.
Nelson Soares, diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), explica que o repasse dos reajustes da Petrobras aos consumidores finais nos postos não é garantido nem imediato e depende de uma série de questões, como impostos e margens de distribuição e revenda.
Também é preciso considerar a mistura de biocombustíveis. Quando comercializados nos postos, a gasolina contém 27% de etanol anidro e o diesel recebe 10% de biodiesel (em setembro será 12%).
Na gasolina, por exemplo, até este produto chegar ao consumidor acrescentam-se tributos federais e estaduais (em torno de 39%), custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro (15,7%), além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores (12,2%).