A Justiça determinou, nessa quarta-feira (18), que o vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, mantenha pelos próximos seis meses uma distância de 500 metros da ex-mulher Viviane Cristina Kawamoto Pivetta.
A decisão é da juíza da 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, Tatiane Colombo.
O pedido de divórcio foi feito pelo político, que no mês passado foi indiciado pela Polícia Civil catarinense por lesão corporal contra a então mulher. Ele nega ter cometido a agressão.
Conforme a assessoria do vice-governador, a Justiça negou diversos pedidos feitos por Viviane.
Ainda de acordo com a assessoria, Viviane deu entrada na Justiça no dia 12 de agosto, mesma data em que foi determinado o divórcio pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT).
O primeiro pedido de Viviane negado pela Justiça era o bloqueio de R$ 2 milhões do ex-marido e ainda a proibição da venda, cessão ou doação de qualquer ativo de suas empresas.
O segundo foi a entrega da documentação de um carro que está em nome de Pivetta e é utilizado por ela, mas a Justiça entendeu que em nenhum momento houve comprovação de que o veículo não seria do vice-governador.
A Justiça determinou a pensão de R$ 10 mil, por seis meses, a Viviane.
No dia 7 de julho, Viviane disse à polícia que o marido tinha a agredido e batido a cabeça dela no sofá várias vezes. Ela mostrou aos policias marcas de vermelhidão em seu rosto, pernas e braço gerado pelas agressões.
O vice-governador relatou à polícia, naquele dia, que a mulher mordeu a mão, mas argumentou que em nenhum momento tinha a agredido.
A polícia encaminhou o casal até a delegacia para registrar a ocorrência, mas no caminho a mulher começou a relatar outra versão, dizendo que foi só uma discussão e que não queria mais fazer o boletim.
No entanto, como Viviane apresentava lesões no rosto e, na ligação para o 190, relatou ter sido agredida, a polícia deu andamento na ocorrência e fez o registro.
Pivetta foi detido em flagrante por violência doméstica e solto logo em seguida, depois de pagar fiança.
O delegado Diogo Medeiros, do setor da Violência Doméstica, da Delegacia de Polícia Civil de Itapema, disse que, no dia do crime, o vice-governador, a mulher dele e os policiais foram ouvidos e que a vítima tentou retirar a queixa ainda na delegacia.
“Mas, nesse caso, como foi lesão corporal, não cabe a ela decidir se o caso será investigado ou não”, explicou o delegado, ao afirmar que ela estava com lesões aparentes.
O inquérito foi aberto e encaminhado para o Ministério Público Estadual, que declinou competência para a Justiça, porque ele tem foro privilegiado.