A Polícia Civil encaminhou o inquérito com o indiciamento de seis policiais militares sobre o desaparecimento do servente de pedreiro, Rubson Faria dos Santos, registrado em Cáceres, a a 220 km de Cuiabá, ao Ministério Público Estadual (MPE).
O MPE, no entanto, afirmou que o inquérito ainda não foi recebido.
A Ouvidoria Geral de Polícia vê de forma positiva o encerramento do caso sobre o desaparecimento do servente de pedreiro, Rubson Faria dos Santos, em Cáceres. Conduzido pelo delegado Wilson Souza Santos, o inquérito comparou as versões dos PMs acusados pelo desaparecimento e das testemunhas.
Além disso, o delegado apresentou diversas provas deixadas pelos suspeitos na ação. Ao mesmo tempo em que a Polícia Civil conduzia a investigação, o Inquérito Policial Militar (IPM) foi realizado pela Corregedoria da Polícia Militar.
A Ouvidoria Geral de Polícia acompanhou o andamento do caso desde o início. Com o inquérito encerrado, o processo segue para a Justiça com a entrega dos documentos ao Ministério Público que irá avaliar a denúncia aos acusados.
Rubson Farias dos Santos foi espancado por policiais militares, do setor de Gratificação de Atividade Policial Militar (GAP), e retirado de casa inconsciente em 29 de janeiro, em Cáceres.
A Polícia Civil informou que não consta nenhum registro de prisão de Rubson em delegacias de Cáceres. Ainda segundo a Civil, o único registro de ocorrência recebido em nome da vítima foi feito pela mulher dele sobre a ação dos policiais militares.
A mulher de Rubson, Sidneia de Oliveira, contou ao G1 que, na quinta-feira (28), ela e o marido foram abordados pela polícia por causa de um carro que compraram há cerca de 15 dias por R$ 900.
No entanto, um dia após o registro dessa ocorrência, conforme contou a família, a polícia invadiu a casa onde moram para prender Rubson. Segundo Sidneia, o marido foi espancado pelos policiais na frente do filho de 12 anos.
Familiares e vizinhos que testemunharam a ação tentaram intervir, mas foram impedidos pelos policiais.