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Advogada descobre que ex-marido instalou software em celular e computadores para espioná-la por um ano em MT

Polícia Civil apreendeu celulares e outros aparelhos eletrônicos na casa do suspeito.

Data: Segunda-feira, 00/00/0000 00:00
Fonte: G1 MT

Um homem suspeito de instalar um software no celular da ex-mulher foi alvo de mandado de busca e apreensão domiciliar pela Polícia Civil, na quarta-feira (1º), no município de Campo Novo do Parecis (MT). A vítima, que é advogada, descobriu que era espionada pelo ex há um ano e o denunciou à polícia.

Os policiais apreenderam vários aparelhos eletrônicos com o ex-marido, entre eles dois celulares, um notebook, um HD e pen drives.

O ex-marido responde ao inquérito policial pelo crime de perseguir a vítima. Inicialmente ele responde em liberdade.

As investigações iniciaram após a vítima, de 44 anos, procurar a delegacia para denunciar que descobriu, através da sua filha, que estava sendo monitorada por ele. A menina passava férias com o pai e teve livre acesso ao celular dele.

Enquanto mexia no telefone, a filha do casal se deparou com mensagens da sua mãe com outras pessoas, razão pela qual ligou para vítima relatando os fatos.

Com as informações e imagens passadas pela filha, a vítima percebeu que o suspeito havia colocado um sistema de espionagem no celular e computadores, tendo acesso a suas redes sociais, e-mail, telas e conversas do WhatsApp.

A vítima disse ainda que o ex-marido estava a vigiando, acessando documentos, arquivos, petições, bem como seus telefonemas com familiares, colegas de trabalho, clientes eram diariamente gravadas.

Os policiais civis descobriram que o crime era cometido há mais de um ano. Durante todo esse tempo, o ex-marido teve livre acesso aos computadores, arquivos e celular e da vítima.

Com livre acesso à agenda e programações da vítima, o ex-marido sempre aparecia nos lugares onde ela estava, e algumas vezes fazia gesto de ameaça, fazendo com que a ex-mulher se sentisse coagida fisicamente e emocionalmente.

Com base nos indícios, a Polícia Civil pediu à Justiça autorização para fazer busca e apreensão domiciliar contra o suspeito, que foi aceita.

Segundo o delegado de Campo Novo do Parecis, Honório Gonçalves dos Anjos Neto, a apreensão dos materiais tem o objetivo de levantar provas que contribuam para o trabalho investigativo, assim como identificar outras situações que o suspeito possa ter cometido contra a vítima.