Seja bem-vindo ao portal: Amplitude News

NOTÍCIAS

MT é o estado que mais perdeu vegetação nativa do Cerrado nos últimos 35 anos

Foram 6,8 milhões de hectares perdidos de 1985 a 2020.

Data: Sexta-feira, 10/09/2021 15:11
Fonte: G1 MT

Mato Grosso é o estado que mais perdeu vegetação nativa do Cerrado nos últimos 35 anos. Foram 6,8 milhões de hectares perdidos de 1985 a 2020.

Os dados são da nova coleção da iniciativa MapBiomas.

De 1985 a 2020 o Cerrado perdeu 19,8% de sua vegetação nativa, ou 26,5 milhões de ha, que equivalem a uma área maior que a do Piauí.

A expansão da agropecuária no bioma no mesmo período é quase complementar: foram 26,2 milhões de hectares destinados à atividade. Atualmente, a agropecuária ocupa 44,2% do Cerrado.

Mato Grosso é seguido por Goiás, com 4 milhões ha, e Mato Grosso do Sul, com 3,4 milhões de ha.

Só nos últimos dez anos, o Cerrado perdeu quase 6 milhões de hectares de vegetação nativa em onze estados brasileiros, incluindo Mato Grosso, e quase toda essa área (98,8%) foi destinada à atividade agropecuária.

Segundo os dados, dos 13 estados ocupados pelo Cerrado, 11 tiveram perda de vegetação nativa no período.

Tocantins, Maranhão e Goiás foram os mais desmatados entre 2010 e 2020.

 

Bioma em crise

 

O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil, com 198 milhões de hectares, e apresenta diferentes tipos de vegetação nativa. Como hotspot de biodiversidade, é a savana mais biodiversa do mundo e está sob elevado grau de ameaça.

Quase metade já foi desmatada: 54,5% de seu território ainda é coberto por vegetação nativa, sendo que formações dos tipos savana (30,3%) e floresta (14,3%) são predominantes. A formação campestre representa 7,3% do bioma.

Uma das novidades da Coleção 6 do MapBiomas é a inclusão da nova classe de áreas úmidas do Cerrado, como campos úmidos, veredas, savanas parques e brejos.

Também esses ambientes têm sofrido transformações: foram 582 mil hectares suprimidos desde 1985, ou 10,3% de perda das áreas alagadas. Dessa área convertida, 61% foram destinados à agropecuária, especialmente pastagem, e 32% viraram outro tipo de vegetação, como campo, savana e até floresta.