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Assassino contou em festa que aceitou matar empresário a mando da esposa após mulher dizer que era espancada

Data: Sábado, 11/09/2021 15:54
Fonte: OLHAR DIRETO

Igor Espinosa, responsável por apertar cinco vezes o gatilho da arma que matou o empresário Toni da Silva Flor, de 38 anos, no dia 11 de agosto de 2020, em frente a uma academia de Cuiabá, confessou a pessoas próximas durante uma festa que aceitou executar o homem, a mando da própria esposa, Ana Cláudia Flor, após ela dizer que era constantemente espancada pela vítima, tendo inclusive mostrado fotos que, supostamente, comprovariam as agressões.

Uma das testemunhas ouvidas no inquérito, comandado pelo delegado Marcel Oliveira, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que Igor contou, em uma conversa com algumas pessoas próximas, durante uma confraternização, que havia matado um jiu-jitsu, sendo confirmado posteriormente que se tratava de Toni Flor.
 
Igor ainda contou para as pessoas, durante a festa, que aceitou matar o homem porque Ana Cláudia, responsável por encomendar o crime, disse que sofria violência física por parte do marido, que – supostamente – a maltratava e a agredia.
 
O executor do homicídio chegou a mostrar algumas fotos para os amigos na festa, em que Ana Cláudia aparece com olho e braço roxo, de uma suposta agressão sofrida por parte de Toni Flor. Sendo assim, Igor disse que aceitou matar o homem por ter se sensibilizado com a situação da agora viúva.
 
A testemunha ainda pontuou em seu depoimento que o relacionamento entre Toni e Ana Cláudia era bastante conturbado e marcado por algumas brigas. Constantemente, ambos se separavam, mas acabavam reatando.
 
Crime

Segundo consta, Ana e Toni estavam casados há 15 anos, tendo inclusive três filhas fruto deste relacionamento. Porém, a relação estava deteriorando, por conta de relacionamentos extraconjugais da acusada. Antes de morrer, inclusive, a vítima teria dito para a mulher que queria o divórcio.
 
Inconformada com a separação e querendo ficar com todos os bens do empresário, Ana então começou a bolar um plano para matar o marido. Para tanto, pediu ajuda a sua manicure, Ediane Aparecida da Cruz Silva, que auxiliou na procura por um “matador”.
 
“Oportunidade em que esta acedeu à macabra solicitação e contactou Wellington Honorio Albino que, por sua vez, com o auxílio de seu amigo Dieliton Mota Da Silva, “terceirizou” o serviço homicida, propondo que a execução do crime fosse perpetrada por Igor Espinosa, que aceitou a tarefa”, diz trecho da denúncia.
 
“Quanto à acusada Ana Cláudia, há que se destacar que o desvalor de sua conduta é flagrantemente grave, já que ordenou a morte do pai de suas três filhas menores, jamais revelando qualquer arrependimento. Neste aspecto, é evidentemente macabra sua conduta de, após o delito por ela mesma planejada em todos os detalhes, ter promovido campanhas em mídias sociais e até eventos públicos onde cobrava justiça pela morte de seu marido”, pontua o promotor na denúncia.
 
O promotor ainda lembra que, durante o andamento do inquérito, foi revelado que Ana Cláudia ainda teria intenção de contratar alguém para matar Igor Espina, com evidente objetivo de evitar que fosse delatada pelo mesmo.