O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque , descartou na última quinta-feira (30) a volta do horário de verão, mesmo diante da maior crise hídrica no país.
“O ministério fala pelo lado da economia de energia, e o horário de verão não se faz necessário no que diz respeito à economia de energia”, afirmou, após a inauguração de usina térmica em São João da Barra (RJ).
Bento Albuquerque afirmou que medida não gera economia, mesmo diante da maior crise hidrica no país nos últimos noventa e um anos.
Embora a avaliação seja de que a medida não traz benefícios para a redução da demanda, o MME (Ministério de Minas e Energia) havia afirmado que estava em análise um estudo elaborado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) sobre a questão diante da crise de escassez hídrica no país.
O horário de verão, que costumava começar em outubro, deixou de vigorar no Brasil em 2019. Mas associações dos setores de alimentação, turismo e comércio têm reivindicado ao governo federal a retomada da medida.
Em documento enviado ao presidente Jair Bolsonaro no início de setembro, as entidades argumentam que qualquer economia de energia seria relevante diante da gravidade da crise hídrica que o país enfrenta. Também alegam que a adoção do mecanismo pode beneficiar os setores que representam.
O ministro disse ainda que tem estudado iniciativas para o deslocamento do consumo de energia elétrica dos horários de maior demanda para os de menor, de forma a otimizar o uso dos recursos energéticos.