Os assaltantes que foram presos suspeitos de terem assassinado o professor indígena Daniel Kabixana Tapirape, de 37 anos, encontrado morto nessa segunda-feira (29), em Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, confessaram à Polícia Civil que cometeram o crime para roubar R$ 20 da vítima e uma motocicleta. Daniel foi morto a pedradas.
O indígena trabalhava como professor de matemática na Aldeia Hawalorá, localizada em Santa Terezinha, a 1.329 km da capital, na mesma região do Baixo Araguaia. Ele estava desaparecido desde o dia 16 de janeiro.
De acordo com a Polícia Civil, foram presos Romilson Ferreira da Silva, de 22 anos, e Fernando Nascimento Diniz, de 18. Eles confessaram a morte do indígena para roubar a motocicleta e também dinheiro da vítima. Um adolescente, de 15 anos, também participou do crime e foi apreendido no município de Santa Terezinha.
Eles foram autuados em flagrante por roubo seguido de morte (latrocínio). Fora do horário de serviço, o indígena foi abordado pelos suspeitos quando estava em um bar na área central da cidade ingerindo bebida alcoólica. Os suspeitos também estavam no estabelecimento e perceberam que o professor indígena tinha dinheiro, então decidiram roubá-lo.
Daniel reagiu e acabou morto a pedradas. Os suspeitos afirmam que levaram R$ 20 e a motocicleta da vítima, que caiu em um buraco e foi abandonada, a 1 km do corpo da vítima, próximo de um condomínio em construção.
A Polícia Civil informou que solicitou um exame de DNA do corpo, que estava em estágio avançado de decomposição.
O indígena saiu no dia 16 de janeiro, da aldeia Hawalora, em Santa Terezinha, com documentos, cartão de crédito e R$ 4 mil, que levava para depositar uma agência bancária de Confresa. A vítima estava em sua motocicleta e teria sido visto pela última vez na aldeia Urubu Branco, onde dormiu na casa da sogra e depois desapareceu.
Ele era casado e deixou um filho.