A diretoria da Companhia Mato-grossense de Gás (MT Gás), proprietários dos postos de combustíveis que comercializam o gás natural veicular (GNV) em Cuiabá e Várzea Grande, representantes do Sindicato dos motoristas de aplicativos de Mato Grosso (Sindmapp-MT) e Associação de Motoristas de Aplicativos de Mato Grosso (Ama-MT) formaram uma comissão para solucionar o gargalo das filas nos quatro postos que abastecem a grande Cuiabá. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (13.10), após reunião realizada no auditório da PGE.
De acordo com o presidente da MT Gás, Rafael Reis, o Governo do Estado e a MT Gás tomaram para si a responsabilidade dessa questão que vem afetando, especialmente os motoristas de aplicativos que usam o GNV.
“Recebi carta branca do governador Mauro Mendes para resolver essa questão. De imediato formamos uma comissão com integrantes de todas as entidades envolvidas para identificar, pontualmente, o que dificulta o abastecimento rápido em cada posto. Todos os trabalhos serão acompanhados por um técnico em GNV, que fará o levantamento do que é necessário para ampliar o serviço e atender a demanda reprimida. Também contaremos com um assessor jurídico para dar suporte legal as nossas ações”, ressalta.
Reis alega que a maior preocupação do Governo é evitar o prejuízo dos motoristas, porque a consequência principal é no lar, onde se diminui a renda e causa dificuldades para a família.
O objetivo é identificar uma solução que dará resultado mais rápido e a contento para todos. “Prontamente queremos aumentar o número de dispensers (bombas) e de bicos de abastecimento nos postos que já existem. Atualmente cada dispenser tem dois bicos, são oito ao todo. Como a demanda tem crescido, o plano é dobrar o número de bicos para expandir o atendimento”, justifica o presidente.
Dentre as reivindicações dos motoristas está a agilidade no abastecimento do GNV e a questão de multas que alguns alegaram ter recebido da Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) devido à formação de filas. Os proprietários de postos, por sua vez, solicitaram maior celeridade na entrega do gás, instalação de equipamentos e assistência técnica da empresa distribuidora que cede os equipamentos por meio de comodato.
Conforme o proprietário do posto Santos Dumont em Várzea Grande, Fábio Marques, há oito meses é aguardado um equipamento que poderia acelerar o atendimento na bomba. “Hoje não conseguimos atender 24 horas porque não temos bombas suficientes e nem recebemos o gás em tempo hábil. Quando chega 3 horas da manhã acabou o gás e somente é reposto às 7h30, o que inevitavelmente resulta em fila. Mas estamos dispostos a somar com a MT Gás para resolver o problema, nossa parte será feita”, define.
A presidente do Sindmapp, Solange Menacho, foi enfática quanto ao posicionamento do sindicato em relação a proposta da comissão. “A categoria está à disposição para que resolvamos esse problema o mais breve possível. Contem com nosso apoio, a cadeia precisa funcionar rapidamente, nossa classe merece essa resposta”, ressalta.
O presidente da Ama-MT, Cleber Cardoso, se dispôs a contribuir com as melhorias para atendimento aos motoristas. “A categoria precisa de uma saída urgente. Se for para resolver, estamos prontos para ajudar”.
A reunião contou ainda com a presença do deputado Carlos Avalone, que representando a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), afirmou que irá tratar junto à Semob e a Guarda Municipal de Várzea Grande a questão de multas que foram aplicadas.
A empresa GNC Brasil, distribuidora do gás natural também foi convidada para participar das discussões, mas nenhum representante compareceu.
Decisão
A primeira reunião da comissão mista irá ocorrer na próxima segunda-feira (18.10), quando serão definidos prazos para cada ação. Na ocasião, deve haver a participação de um membro da empresa GNC Brasil.