O médico Fernando Veríssimo de Carvalho, acusado de matar a mulher grávida, em 2018, passa por júri popular nesta quarta-feira (10), de forma semipresencial, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá. O juiz, os advogados de defesa, réu e jurados participam de forma presencial e as testemunhas remotamente.
A defesa de Fernando não quis se manifestar.
O julgamento começou no dia 20 de outubro, mas foi remarcado para este mês, porque a defesa do réu colocou o assistente de defesa também como testemunha, o que não é permitido.
Fernando está preso desde 2018, depois de fugir e ser localizado na casa dos país, no interior de São Paulo.
O médico é acusado de, pelo menos, seis crimes. Entre eles, feminicidio, violência doméstica e por provocar aborto sem consentimento da gestante.
Em novembro de 2018, Beatriz Soares Milano, namorada dele, tinha 27 anos e estava grávida de quase cinco meses quando foi encontrada morta em casa. Quase um mês depois a morte da vítima, Fernando foi preso na casa dos pais, no interior de São Paulo. Em seguida, foi transferido para Rondonópolis.
Ele segue preso na Penitenciária da Mata Grande.
Beatriz estava grávida de 5 meses e foi encontrada morta na casa onde o casal morava, no Bairro Vila Aurora, em Rondonópolis. Segundo informações da Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), a mulher teria levado uma pancada na cabeça e sofreu traumatismo craniano.
O médico acionou a Polícia Militar na manhã do dia 24 de novembro, afirmando que havia encontrado a mulher morta no quarto da casa onde moravam.
Em depoimento à Polícia Civil, ele contou que saiu para jantar com Beatriz na noite anterior e retornou para casa por volta de 23h e que, ao chegar em casa, a mulher foi para o quarto e ele permaneceu na sala, ingerindo bebida alcoólica.
Fernando disse ainda que dormiu no sofá da sala e que por volta de 3h acordou e foi até o quarto do casal, onde encontrou a mulher morta. Ele afirmou que ninguém esteve na casa durante a madrugada.
Em entrevista à imprensa, à época, ele negou ser o autor do crime, afirmando que o casal vivia junto há 10 meses e que, na noite anterior, havia pedido Beatriz em casamento.