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Júri de madrasta acusada de matar enteada envenenada por herança é marcado para o próximo dia 6 em MT

Jaira Gonçalves de Arruda, de 42 anos, está presa, desde setembro de 2019.

Data: Quarta-feira, 24/11/2021 15:46
Fonte: G1 MT

A Justiça marcou para o dia 6 de dezembro deste ano o júri da madrasta acusada de envenenar e matar a enteada de 11 anos para ficar com a herança dela, em Cuiabá. Jaira Gonçalves de Arruda, de 42 anos, está presa, desde setembro de 2019.

Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, sem chances de defesa da vítima.

Mirela Poliane Chue de Oliveira morreu em junho de 2019, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), depois que a madrasta colocou doses de veneno na comida dela.

As investigações apontaram que a madrasta queria ficar com uma indenização de R$ 800 mil que Mirela recebeu como indenização por erro médico do hospital em que nasceu. A mãe da menina morreu durante o parto dela.

Jaira envenenou a enteada com uma substância de venda proibida, ministrada gota a gota, entre abril e junho de 2019.

A menina tinha direito a uma indenização pela morte da mãe durante o parto, decorrente de erro médico em um hospital da capital. A ação foi movida pelos avós maternos da criança. Em 2019, após 10 anos, o processo foi encerrado, e o hospital foi condenado a pagar uma indenização de R$ 800 mil à família, já descontando os honorários advocatícios.

Parte do dinheiro ficaria depositada em uma conta para a menina movimentar na idade adulta. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte desse fundo para despesas da criança, mas a maior quantia só poderia ser acessada aos 24 anos.

Mirella foi criada pelos avós paternos até 2017. Entretanto, após a morte deles, passou a ser criada pelo pai e pela madrasta. A partir daí, a mulher deu início ao plano de matar a criança para ficar com a indenização, segundo investigadores.

 

Internações

 

Mirella foi internada várias vezes. No total, foram nove entradas em um hospital particular de Cuiabá, onde ficava de três a sete dias e, depois, melhorava. Ao retornar para casa, ela voltava a adoecer.

Ela recebia diagnósticos de infecção, pneumonia e até meningite. Na última vez em que foi parar no hospital, a menina já chegou morta.