O projeto de lei n.º 04/2021, de autoria do poder executivo municipal, que trata sobre a extinção do cargo de auxiliar pedagógico da educação infantil, gerou bastante polêmica nos últimos dias e na última sessão ordinária da câmara de vereadores de Juína na última segunda-feira, como também supostas ameaças atribuídas ao prefeito Paulo Veronese para com o vereador Ronicleiton Da Silva Santana (PT), o (Roni Da Padre Duílio).
Durante a sessão, o plenário “Henrique Simionatto” da câmara municipal foi ocupado por educadores municipais e pessoas que se posicionaram contra o projeto do prefeito que teve apenas 04 votos favoráveis de regime de urgência dos vereadores Gleynei Ferreira Griz, Almir De Oliveira, Ailton Barbosa De Oliveira e Wilson Sassá.
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Se posicionaram contra os demais vereadores daquela casa de leis, tendo como destaque o vereador Roni Da Padre Duílio que além de se pronunciar contra, acusou o secretário de educação Ericson Leandor de Oliveira e o prefeito Paulo Veronese de tê-lo ameaçado através de uma ligação telefônica, não explicando exatamente o conteúdo da mensagem que o ameaçava e afirmou que caso voltasse a ocorrer procuraria o Ministério Público. Ambos negaram qualquer tipo de ameaça.
Em sua defesa o prefeito Paulo Veronese, negou que tenha proferido as ameaças, alegando que devido o vereador ter imunidade parlamentar o mesmo tem o direito de falar o que bem quiser, e ainda ressaltou que o projeto de autoria do executivo foi mal entendido pelos vereadores que votaram contra, haja visto, que em momento algum os profissionais da educação concursados para atuar como auxiliares de sala de aula seriam desligados da educação, onde o projeto previa apenas a extinção do concurso para o cargo, que se aprovado passaria a ser exercido por estagiários contratados de forma diferenciada dando continuidade ao trabalho dos técnicos auxiliares.
Segundo o prefeito, a urgência na votação do projeto que vetaria a realização de novos concursos para técnicos auxiliares de sala de aula, se deu diante da necessidade de economizar para poder efetuar o pagamento do terço de férias dos educadores, e também a necessidade de se adquirir novos computadores para as escolas a fim de melhorar a qualidade de ensino, facilitando para que os professores tenham um melhor desempenho em sala de aula, e também ressaltou que com o redimensionamento das séries iniciais, o município tende a aumentar o número de profissionais da educação a fim de atender a demanda.
Paulo Veronese disse ainda que com a aprovação do projeto, as salas de aulas da rede municipal receberiam melhorias dando melhores condições de trabalho aos professores, entretanto, será inviável no momento realizar essas melhorias, pois os 25% do recurso disponibilizados para a educação no momento garante apenas o pagamento dos profissionais das escolas, compra de merenda e transporte escolar, não sobrando recursos para futuros investimentos.
O prefeito desabafou que na sessão da câmara da última segunda-feira, o que houve foi um gesto de politicagem, considerando que a maioria das pessoas que estavam no plenário da câmara não eram funcionários da educação, que hoje conta com um total de 106 auxiliares de sala, sendo realizado um processo seletivo a cada dois anos, a fim de compor o quadro docente das escolas, e explicou que o trecho do projeto que citava a contratação de estagiários era apenas uma das alternativas oferecidas pelo projeto, abrindo a possibilidade de se contratar pessoas com ensino médio completo e também que estejam cursando ou já cursaram nível superior e até mesmo com especialização capacitado para o trabalho, onde em muitos casos alguns professores necessitam de até 03 técnicos auxiliares por sala, como no caso de uma creche que atenda em tempo integral.
Sobre o projeto, o prefeito disse que terá uma conversa com o presidente da câmara, vereador Zulmar Curzel (Carequinha) a fim de juntos chegarem a um consenso se o projeto permanecerá na câmara municipal para mais uma votação, ou será retirado de pauta.