O governador Mauro Mendes (DEM) se negou a falar sobre a greve dos policiais penais, que continua mesmo após a desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, tê-la declarado ilegal e determinado retorno imediato ao trabalho sob pena de multa diária de R$ 100 mil. Segundo Mauro, não há mais nada a ser dito.
“Não tenho nada a dizer além de tudo aquilo que foi dito”, respondeu o governador ao ser questionado sobre o tema nesta segunda-feira (20). Diante da insistência dos jornalistas, ele repetiu: “Senhores, não tenho nada a dizer, além de tudo aquilo que o governo já disse”. E mais uma vez: “Senhores, eu não tenho nada a dizer além daquilo que já foi dito. Não vou ficar repetindo mais aquilo que não mudou. Não tem nenhuma posição nova do governo para apresentar em relação a tudo aquilo que nós já dissemos sobre este assunto”.
Na última sexta-feira (17), o governador afirmou que a decisão da justiça de considerar a greve dos policiais penais ilegal foi “óbvia” pois, segundo ele, está na Constituição que servidores da segurança pública não podem fazer greve, e isso precisa ser respeitado.
O chefe do executivo estadual ainda negou que tenha oferecido aumento de 15% à categoria, e disse que não teve medo de problemas maiores nas penitenciárias por conta do movimento: “não posso como governador ter medo de A, B ou C, porque alguém falou isso, falou aquilo. Se não, eu não poderia ser governador desse estado”.
O início do movimento grevista aconteceu há duas semanas, quando os policiais solicitaram que seus salários fossem equiparados aos das outras policiais. Atualmente, o salário inicial dos policiais penais é de cerca de R$ 3.100.