Cerca de 20 transportadoras e parceiros se reuniram na cidade de Sinop para seguirem sentido a divisa do Pará nesta sexta-feira (2) levando mantimentos para 1.500 caminhoneiros que estão parados por conta de um atoleiro na BR-163. A união entre as transportadoras e parceiros tem como objetivo auxiliar os profissionais que estão parados na rodovia. A previsão de chegada no local é para este sábado (3).
Conforme informações do transportador Adilson de Oliveira, mais de 12 mil em diversos produtos como água, arroz, feijão, papel higiênico, bolachas, derivados de carne entre outros produtos foram coletados para serem doados aos caminhoneiros. Já faz 4 dias que os caminhoneiros estão parados no local.
Ainda conforme informações, essa situação se repete todos os anos ao longo de um trecho não pavimentado da BR-163, localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol, no sudoeste do Pará.
O excesso de chuvas dos últimos dias tem causado atoleiros em um trecho sem asfalto de pelo menos 50 quilômetros da rodovia federal. Com isso, o tráfego de carretas que saem Mato Grosso levando grãos foi parcialmente interrompido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Exército (que faz manutenção no trecho).
Caminhoneiros informaram que no local chove muito e que a fila de caminhões parados passa dos 40 Km.
No ano passado caminhoneiros de várias regiões do Brasil fizeram protestos em diversas estradas do país contra o aumento do preço dos combustíveis entre outras situações. Os caminhoneiros barraram o fluxo de caminhões em diversos trechos de rodovias estaduais e municipais. As manifestações foram registradas em Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo, de acordo com as Polícias Rodoviárias Federais nos estados.
“Em 2017 os caminhoneiros ficaram na estrada cerca de 22 dias. Todos os anos a história se repete. Ano passado fizemos nossas mobilizações, com paralisações que geraram um prejuízo de 20% ao governo, e nada adiantou” explica o transportador Ricardo.
No local do atoleiro, os caminhoneiros também estão recebendo o apoio do exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).