O estado de Mato Grosso vive, ao mesmo tempo, a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) com a ameaça da chegada da ômicron, colapso da rede básica de saúde e das farmácias pela gripe (Influenza), inclusive com casos de H3N2, e aumento dos casos de dengue. Segundo o secretário de saúde Gilberto Figueiredo, a dengue também é um uma endemia que tem relação direta com o comportamento da população.
“Como é comum nessa fase do ano a dengue toma conta, chega o período chuvoso, as larvas se multiplicam e infelizmente a dengue também é um uma endemia que tem relação direta com o comportamento da população, que acumula lixo, que acumula vasilhas com água dentro de casa. Existe municípios que essa situação um pouco mais grave, mas todos estão atuando pra contê-la”, afirmou o secretário na manhã desta terça-feira (28).
Diante da situação do estado, Figueiredo afirma que o ideal seria que não fossem realizadas grandes aglomerações, principalmente para evitar a proliferação da Covid-19 e da Influenza, que são transmitidas da mesma forma.
“Ano Novo, o Réveillon, ele vai existir. Assim como vai existir o Carnaval. O que nós estamos sugerindo é contenção, é prudência na realização. Quem de nós não vai passar o réveillon? Vai passar o Réveillon em casa com a família... o que nós estamos sugerindo é que não haja grandes eventos, grandes festas com aglomeração de pessoas, que já está comprovado que não existe controle sanitário nenhum. Basta ir aqui pertinho de Cuiabá para ver o que acontece no final de semana, as pessoas praticamente sem nenhuma proteção e aí o vírus vai se dissipando, vai aumentando e vai trazendo mais angústia a toda a população”, argumentou.
Apesar dos alertas, o secretário explica que o Estado não tem como proibir os eventos e nem como cuidar da saúde básica, que são obrigações dos municípios. “Essa é uma obrigação de atenção básica de saúde, atividade dos municípios. O Estado não tem nesse momento o que fazer, cada município à luz da sua situação tem que adotar as medidas necessárias, é por isso que a gente enfatiza tanto que é uma certa incoerência quando nós estamos praticamente com uma nova epidemia acontecendo, e eventos sendo realizados como se nós tivéssemos no paraíso”.