O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para comunicar que recebeu alta, nesta quarta-feira (5), após dois dias internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, para tratar um quadro de obstrução intestinal.
"Alta agora. Obrigada a todos. Tudo posso naquele que me fortalece", escreveu Bolsonaro em sua página no Twitter. O texto é acompanhado de uma foto em que o presidente aparece com a equipe médica que o atendeu durante os dias de internação, incluindo o médico-cirurgião Antônio Macedo, que acompanha o chefe do Executivo desde o atentado a faca em 2018.
Macedo chegou a antecipar o fim da viagem que fazia às Bahamas e voltou ao Brasil na madrugada da segunda-feira (3) para avaliar a necessidade do chefe do Executivo passar por nova cirurgia.
No entanto, durante a internação a equipe médica implementou uma sonda nasogástrica no presidente e o submeteu a uma dieta líquida. Como o aparelho digestivo do mandatário respondeu bem ao tratamento, não foi necessário um novo procedimento cirúrgico.
A obstrução no intestino de Bolsonaro foi reflexo do ataque à faca que ele sofreu em 2018, durante a campanha presidencial. Desde o atentado, o presidente passou por seis cirurgias. Foram quatro em 2018 e duas em 2019 — para retirada da bolsa de colostomia e para correção de uma hérnia na incisão da cirurgia.
A última internação de Bolsonaro por problemas no aparelho digestivo tinha sido em julho de 2021, quando ele ficou hospitalizado por quatro dias com um quadro de obstrução parcial do intestino delgado. À época, os médicos descartaram fazer uma cirurgia no presidente por ele ter se recuperado sem grandes dificuldades.
O presidente estava hospedado no Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul (SC), desde 27 de dezembro. Ele estava acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e da filha, Laura, de 11 anos, para as festas de fim de ano. A previsão era de que ele passasse férias no local até o dia 4 de janeiro.
Após passar mal, o chefe do Executivo deixou Santa Catarina por volta da meia-noite de domingo (2), em um avião da Força Aérea, e desembarcou em São Paulo à 1h30 da segunda (3).
Já no hospital, o presidente postou uma foto nas redes sociais em que aparece usando uma sonda nasogástrica, e disse que sentiu o mal-estar após o almoço de domingo (2). Ele chegou a levantar a hipótese de passar por nova cirurgia e comentou que a nova obstrução intestinal foi uma sequela da facada que sofreu em 6 de setembro de 2018, durante a campanha presidencial, em Juiz de Fora (MG).
Também nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) usaram as redes sociais para comentar a internação do pai. Para os filhos do chefe do Executivo, a internação é uma consequência do atentado.
No Telegram, Flávio compartilhou a imagem do pai no hospital e escreveu que é “mais uma consequência da tentativa de assassinato que o presidente sofreu em 2018, mas Deus está cuidando de tudo”. Carlos usou o Twitter para falar que “basta simples olhada nas redes sociais” em que o mandatário “expõe novas consequências da tentativa de assassinato que sofreu”.