Autor do projeto que proíbe a exigência do passaporte da vacina em Mato Grosso, o deputado estadual Gilberto Cattani (PSL) disse que se orgulha de ser chamado de "negacionista". A afirmação foi feita enquanto o parlamentar rebatia os petistas Valdir Barranco e Lúdio Cabral, únicos contrários ao tema.
"Aqui nesse tribuna nós fomos chamados de negacionistas, coisas que nós não somos. Mas mesmo assim eu me orgulho de ser chamado de negacionista vindo de onde vem o chamamento. Porque nossa bancada dos negacionistas, não é a bancada do mensalão, do petrolão e que defende ditaduras e o aborto", disparou.
O comentário ocorreu durante os debates acalorados sobre o projeto que veta a exigência do comprovante de vacinação nos estabelecimentos comerciais do Estado. A matéria foi aprovada na sessão da última quarta-feira (5) diante forte apoio da bancada bolsonarista.

 
Enquanto argumentava sobre projeto, Cattani ainda saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi bastante criticado por defender que a imunização contra a covid-19 é mais eficaz por meio da contaminação do que a vacina. A estratégia ficou conhecida como "imunidade de rebanho" e é contestada por infectologistas e especialistas em saúde pública.

O discurso de Cattani foi recebido com aplausos de militantes e apoiadores do presidente que acompanhavam a votação em plenário. "O nosso presidente sempre esteve a frente de tudo que aconteceu em nosso país, principalmente diante da pandemia. Quando as pessoas com um pouquinho de massa encefálica nos falavam sobre a imunização natural que toda pandemia tem, as pessoas do outro lado sempre tentaram nos massacracrar. Ainda bem que isso hoje é uma questão pacificada de tudo se vê nesse país".