A explosão de novos casos de covid-19 e influenza atinge profissionais da saúde e começa a prejudicar os atendimentos nas unidades de saúde da Grande Cuiabá pelo afastamento de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá (SMS), ao menos 30 servidores estão afastados e, em Várzea Grande, cerca de 45 profissionais estão em quarentena.
Na Capital, nesta segunda-feira (10), o atendimento da Policlínica do Coxipó foi afetado pelo mesmo motivo e o atendimento ocorreu apenas para casos de urgência e emergência. Os demais pacientes foram redirecionados para outras unidades. Conforme a SMS, todos os profissionais estão vacinados e apresentam sintomas leves ou estão assintomáticos.
A secretaria ainda informou que não há estimativa exata do número de profissionais contaminados. O número deverá ser contabilizado pelo setor de Recursos Humanos, após o recebimento dos atestados que, no momento, foram entregues apenas aos coordenadores das unidades.
Em Várzea Grande, segundo o secretário municipal de Saúde, Gonçalo de Barros, o afastamento dos profissionais compromete diretamente o atendimento, que na última semana aumentou muito, tanto para covid-19 quanto pela influenza. Inclusive o próprio secretário, ontem, testou positivo para covid.
Apesar do novo caos que vem se instalando na saúde dos municípios, o gestor destaca que a vacina tem sido fator primordial às pessoas que estão se contaminando nesta nova onda. Apesar de sabermos que as festas de fim de ano poderiam fazer aumentar os casos, era esperado pelo menos que houvesse um pouco mais de responsabilidade social, lamentou.
Conforme Gonçalo, somente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Ipase, cerca de 25 profissionais, entre médicos e enfermeiros, estão afastados. E, como a unidade é o posto de maior demanda da cidade, a gestão teve que ampliar o espaço de atendimento para evitar aglomeração no espaço restrito. Disse que tendas foram instaladas na parte externa da UPA, para acomodação dos pacientes em atendimento e os que são medicados.
O secretário alerta para que a população siga à risca as medidas de biossegurança, principalmente não descuidando do uso de máscaras e que também não deixem de completar o ciclo vacinal. O município está rastreando os casos e vem constatando que a maioria dos pacientes que tem quadro agravado não vacinou, ou tomou a primeira dose e não complementou a imunização com a segunda dose.
Conforme Gonçalo, diante da nova onda pandêmica, o município não descarta a publicação de novo decreto para os próximos dias, com novas medidas e regras de segurança contra o coronavírus.