O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, classificou como "criminoso" o compartilhamento de notícias falsas sobre o momento da pandemia no Brasil e vacinação de crianças contra a Covid-19.
“Em meio a um cenário que aponta claramente para o avanço da variante Ômicron, ainda há pessoas dizendo que a pandemia está acabando, que a chegada da variante sinaliza o fim da pandemia. Os números não mostram isso. É criminoso buscar difundir mentiras através das novidades mentirosas, do inglês fake news”, disse o militar durante a reunião da diretoria colegiada da agência, nesta quinta-feira (20), para avaliar o uso da CoronaVac em pessoas na faixa de 3 a 17 anos.
“Gostaria de saber o que as pessoas disseminadoras de fake news vão fazer com o número de mais de 70% crianças na UTI. Não vão noticiar isso aí, porque não interessa ao disseminador de fake news”, concluiu.
Como não há registro definitivo da CoronaVac no Brasil, diferentemente da Pfizer e da AstraZeneca, a decisão do uso do imunizante em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos ficará a cargo da diretoria colegiada, com votos separados e definição por maioria simples.
Os diretores terão como base os subsídios apresentados pela Gerência-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos e pela Gerência de Farmacovigilância. Cada diretor vai elaborar seu voto e, caso haja maioria simples pela aprovação, o uso emergencial será liberado.