A ex-presidente nega todas as acusações.
A Justiça da Coreia do Sul suspendeu a prisão de Lee Jae-yong, herdeiro do grupo Samsung, nesta segunda-feira (5), e ele deixou a prisão em que estava em Seul. O empresário estava preso no país após ser condenado a 5 anos de prisão pelo escândalo de corrupção que resultou no impeachment da ex-presidente Park Geun-hye.
Ao deixar o centro de detenção, Lee disse que seu tempo na cadeia havia sido útil. "Novamente, eu peço desculpas a todos por não mostrar meu melhor lado. E foi um tempo muito precioso por um ano refletir sobre mim mesmo", disse a repórteres, segundo a Reuters.
O Alto Tribunal de Seul decidiu diminuir esta pena para dois anos e meio e autorizou Lee a cumprí-la em regime aberto depois que ele recorreu do resultado do julgamento, ocorrido em agosto do ano passado.
O tribunal do júri entendeu que Lee Jae-yong pagou propina à ex-presidente em troca de privilégios concedidos pelo governo à empresa. O caso de corrupção envolvendo a ex-presidente ficou conhecido como 'Rasputina'. Ele sempre negou as acusações.
Lee e outros quatro executivos da empresa foram acusados de subornar a poderosa e influente melhor amiga da ex-presidente, com o objetivo de obter favores presidenciais e a aprovação de uma polêmica fusão em 2015.
Lee, de 49 anos, comanda o grupo Samsung desde que seu pai sofreu um ataque cardíaco em 2014. Em sua defesa, o herdeiro do grupo afirmou que não teve nenhum papel nas decisões da empresa e que "escutava na maioria das vezes os outros diretores".
A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye foi presa em 31 de março, após um tribunal aprovar sua detenção no escândalo de corrupção que provocou seu impeachment. O tribunal do distrito central de Seul emitiu a ordem de prisão contra Park por acusações de suborno, abuso de autoridade, coerção e vazamento de segredos governamentais após uma longa audiência.
A ex-presidente nega todas as acusações.