Mesmo com a abertura de vagas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) públicas no Distrito Federal, a taxa de ocupação dos leitos destinados a pacientes com sintomas graves de Covid-19 segue em alta. Na manhã desta quarta-feira (26), o índice geral chegou a 98,44%, de acordo com o monitoramento do painel Infosaúde.
Desse modo, resta apenas uma vaga em toda a rede pública, e esse leito livre é destinado a recém-nascidos acometidos pela infecção. Os leitos para adultos estão 100% preenchidos. Nesta terça (25), no início da manhã, as UTIs chegaram a registrar lotação máxima, mas a ocupação teve queda depois da mobilização de mais leitos.
A última atualização do painel, às 6h25, informa que há 73 leitos de UTI mobilizados, dos quais 63 estão cheios e nove, bloqueados. No entanto, ontem, havia 128 leitos disponibilizados. Questionada sobre a redução nas vagas, a Secretaria de Saúde ainda não respondeu. Na fila de espera há 13 pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19.
Nos hospitais particulares a situação é mais confortável: a taxa de ocupação dos leitos adultos está em 58,68%. No caso de vagas para crianças, metade delas está preenchida. Diante do aumento de contágios, há duas semanas, o governo local anunciou um plano de mobilização de leitos quer seria ativado em sete etapas, conforme a necessidade. Nesta terça, o DF bateu recorde de novos casos diários: 10,6 mil.
No evento da agenda oficial do ano, nesta terça, o governador Ibaneis Rocha reconheceu que o DF enfrenta uma terceira onda da doença, mas refutou implementar medidas de restrição à circulação de pessoas para conter as transmissões. "Estamos abrindo novos leitos, vamos dar conta de segurar a saúde de todo o Distrito Federal", assegurou o governador.