A economia de São Paulo cresceu cinco vezes mais que a do Brasil, com PIB (Produto Interno Bruto) acumulado de 7,5% de 2019 até o terceiro trimestre de 2021, segundo a Fundação Seade. A estimativa do PIB estadual no ano passado aponta para expansão de 5,9%, enquanto no país a projeção máxima é de 4,5%.
“Houve um aumento de 7,5% na atividade econômica em São Paulo em três anos contra 1,5% no Brasil neste mesmo período. Nossa economia cresceu e a empregabilidade também. Seguimos acelerando contratações em janeiro e certamente daremos mais um salto positivo na geração de empregos no estado”, disse o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
De acordo com a Fundação Seade, esta é a primeira vez, desde o início da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 1995, que a economia de São Paulo cresce mais que a do Brasil por três anos consecutivos.
“Como São Paulo liderou o processo de vacinação, isso tem um impacto muito grande na economia”, afirmou o secretário de Fazenda e Planejamento do Estado, Henrique Meirelles.
O levantamento também apontou fatores do crescimento do PIB em São Paulo, entre eles a economia diversificada e altamente especializada, a concentração da indústria de alta e média tecnologia, além do fato de a capital ser o maior centro financeiro da América Latina.
Em relação ao crescimento projetado de 2021, a Seade levou em conta o indicador denominado PIB+30 para a projeção estadual de 5,9%. Os segmentos com crescimentos mais expressivos no ano passado foram informação e comunicação (16,7%), educação e saúde privada (13,2%), transportes e armazenagem (12,1%) e construção civil (9,9%).
“Os quatro setores juntos respondem por mais de 60% do PIB paulista. São Paulo tem batido recordes de investimentos públicos e também privados desde 2019. O crescimento se deu em um cenário adverso, com praticamente dois anos de pandemia”, declarou Bruno Caetano, diretor executivo da Fundação Seade.
Para 2022, as projeções do Seade para o PIB são de médias de 0,6% para São Paulo e 0,2% para o Brasil.