Em Mato Grosso, 1.288.589 pessoas com condições para receber a dose de reforço contra a covid-19 ainda não se dirigiram aos polos de vacinação. Ao optar por não completar a imunização, população colabora para que novas ondas da doença ocorram. Especialistas explicam que é normal que após aproximadamente 120 dias, os anticorpos produzidos pela vacina reduzam e é isso que justifica a necessidade da terceira dose (ou segunda em se tratando da janssen). Secretaria Estadual de Saúde (SES) destaca a importância de completar o esquema vacinal, especialmente em se tratando dos idosos, público mais vulnerável para o agravamento da doença.
Virologista e epidemiologista, Ana Cláudia Pereira Terças Trettel explica que a dose de reforço é primordial para manter a população mais segura com relação a uma possível infecção pelo coronavírus, já que ela reduz as chances da pessoa ter sintomas graves, ser internada e morrer. Além disso, quanto mais pessoas evitam o reforço, mais chances damos às variantes da covid-19. Em pouco mais de dois anos de pandemia o que podemos afirmar é que esse é um vírus altamente mutável.
A especialista cita que a ômicron é uma cepa ainda em estudo, mas sabe-se que ela é transmitida rapidamente de um indivíduo para o outro. Nesse sentido é fundamental que a população entenda a sua responsabilidade no processo de erradicação da doença. A situação que parecia confortável, voltou a acionar o alerta vermelho em todos os estados. A pandemia é dinâmica e as pessoas precisam entender que o papel delas na luta contra o vírus é primordial. Quanto mais vacinados tivermos no prazo correto, mais difícil será para que o vírus se reinvente e drible os anticorpos dos imunizantes.
A auxiliar administrativo Anna Cristina Santos, 33, ainda não tomou a dose de reforço. Imunizada com duas doses da Pfizer, ela conta que quando deu o prazo do reforço estava viajando a trabalho. Quando retornou a Cuiabá, teve influenza. Tem uma semana que os sintomas da gripe passaram. A intenção é me vacinar nesta sexta-feira (4).