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Pílulas antivirais contra a Covid-19 esperam avaliação da Anvisa

Anvisa já realizou reuniões com as farmacêuticas e espera informações adicionais para liberar medicamentos no Brasil

Data: Quarta-feira, 02/02/2022 15:24
Fonte: Hellen Leite, do R7, em Brasília

Em meio ao avanço dos casos de Covid-19 no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) avalia a inclusão de duas pílulas contra a infecção no mercado nacional. Os medicamentos molnupiravir e paxlovid prometem bloquear a replicação do vírus e impedir a evolução da doença para quadros graves.

No caso do antiviral molnupiravir, fabricado pela MSD (Merck Sharp & Dohme Farmacêutica), há um pedido de uso emergencial em análise desde o dia 26 de novembro. A Anvisa já realizou reuniões com a empresa, solicitou mais dados e aguarda o envio dos documentos. 

De acordo com os estudos divulgados pela MSD, o molnupiravir demonstrou reduzir as hospitalizações e mortes em cerca de 30% em pacientes de alto risco, e em fase inicial da infecção.

A agência também já realizou reuniões de pré-submissão com relação ao medicamento  paxlovid, fabricado pela Wyeth Indústria Farmacêutica. De acordo com a Anvisa, foram repassadas as orientações para que a empresa envie os dados necessários à aprovação do comprimido. No entanto, ainda não houve um pedido de uso emergencial.

"Tão logo o dossiê seja submetido, iniciará os procedimentos de triagem e, estando o dossiê completo, dará início à avaliação do pedido", disse a agência, em nota.  A pílula já foi aprovada nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália.

Nos estudos clínicos, o paxlovid chegou a reduzir em mais de 70% as hospitalizações e os óbitos nas populações vulneráveis à Covid-19. De acordo com a fabricante, é recomendado que o medicamento seja administrado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença.

Coquetel de anticorpos da AstraZeneca

Outro medicamento contra a Covid-19 em vias de ser analisado pela agência é o Evusheld/AZD7442, coquetel de anticorpos fabricado pela AstraZeneca. Em dezembro, a farmacêutica divulgou que o medicamento, administrado em duas injeções sequenciais, foi capaz de manter a atividade neutralizante contra a variante Ômicron.

A empresa pediu o uso emergencial do remédio no dia 17 de dezembro de 2021. A Anvisa começou a analisar o pedido no mesmo mês e solicitou à empresa dados adicionais e esclarecimentos necessários para a conclusão da análise. Parte dos questionamentos já foi respondida e está sendo avaliada pela equipe técnica. Outras informações ainda seguem pendentes por parte da empresa.