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Documentário sobre comunidade quilombola de MT é um dos 15 selecionados em concurso nacional

Produção dirigida pelo eletricista Jurandir Amaral foi selecionada pelo 6º Revelando os Brasis. Filme concorreu com mais de 900 projetos de todo o Brasil.

Data: Terça-feira, 06/02/2018 10:37
Fonte: G1 MT

O documentário chamado “Vivenciando a cultura do Quilombo Mata Cavalo”, que conta a história e a cultura da comunidade, localizada em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá, foi um dos 15 projetos selecionados no 6º Revelando os Brasis.

A produção, que foi gravada em janeiro, está em processo de edição. Quando for finalizado, o documentário fará parte de um circuito nacional de exibição, além de ser exibido para os membros da comunidade.

O responsável pela direção do documentário, Jurandir Amaral, trabalha como eletricista, mas decidiu se envolver no mundo audiovisual pela primeira vez para contar a história da comunidade a qual também pertence.

“A história de Cuiabá se mistura com a da Comunidade Mata Cavalo”, disse.

A trajetória de luta e resistência da área de 15 mil hectares, que foi entregue a escravos em 1833, concorreu com mais de 900 projetos de todo o Brasil.

No ano passado, os selecionados no projeto participarão de oficinas de realização audiovisual no Rio de Janeiro, antes de começarem as gravações dos filmes.

Após as oficinas, os selecionados voltaram às cidades de origem, onde deveriam transformar histórias em filme de até 15 minutos, com a participação da comunidade.

Para os moradores do local, a ideia do documentário é levar para o restante do estado e do país a cultura da Comunidade Mata Cavalo.

“Temos sonhos de permear dentro do cinema, toda a comunidade está muito feliz, porque somos nós contando nossa história, tanto para nós mesmos, quanto para o Brasil”, disse a pedagoga Laura Ferreira da Silva.

Em 1883, os cerca de 15 mil hectares de terra do quilombo foram recebidos como herança pelos 33 negros escravizados que trabalhavam na sesmaria.

Os antigos donos, que não tinham filhos, fizeram um acordo: os escravos cuidariam deles até o fim da vida e, em troca, receberiam as terras da fazenda. Atualmente, as quase 500 famílias que vivem no Quilombo se sustentam a partir da agricultura e do artesanato.